A AMJ- Agência Meteorológica do Japão planeja aumentar o monitoramento de vulcões adormecidos há muito tempo em resposta à recente erupção fatal do Monte Moto-Shirane na província de Gunma, a primeira em três mil anos. Nessa erupção, uma pessoa morreu e outras 11 ficaram feridas.
A meta da AMJ é detectar com mais rapidez sinais de potenciais erupções e emitir alertas a alpinistas ou residentes.
Contudo, produzir um efetivo sistema de alerta seria uma tarefa difícil, dado o grande número de vulcões ativos no Japão e pessoal insuficiente que é necessário para vigilância constante, dizem especialistas.
A AMJ vai expandir as atividades de monitoramento para vulcões similares que não entraram em erupção há séculos, como o pico Fuppushi do Monte Tarumae (Hokkaido) e antigas crateras em volta do pico vulcânico Naka no Monte Aso (Kumamoto).
Essas áreas podem entrar em erupção antes da AMJ ou outras organizações se darem conta dos sinais de atividade vulcânica.
No Japão há 111 vulcões ativos que entraram em erupção nos últimos 10 mil anos.
Erupção do Monte Ontake em 2014
Três locais a mais foram colocados sob constante monitoramento após o Monte Ontake, localizado na fronteira entre as províncias de Nagano e Gifu, ter entrado em erupção no ano de 2014.
Uma rede de monitoramento havia sido instalada no Monte Ontake, mas o nível de precaução não foi elevado antes da erupção. Sessenta e três pessoas foram listadas como mortas ou desaparecidas após o pico ter entrado em erupção sem dar sinal.
Algumas outras áreas do Japão têm mostrado sinais de crescente atividade vulcânica, mas elas ainda não estão no radar do plano da AMJ. E mesmo que as atividades de monitoramento forem intensificadas, sinais de pequenas erupções de pequena escala podem ser perdidos.
Especialistas salientam que o número de pessoas que pode analisar os dados de monitoramento é insuficiente.
“As pessoas que se aproximarem das crateras devem ter consciência de que estão escalando vulcões ativos. Se notarem qualquer gás de fumarola ou qualquer condição incomum, devem reportar imediatamente à AMJ ou outras organizações relacionadas”, disse Kazuhiro Ishihara, professor emérito de física vulcânica da Universidade de Quioto.
Fonte: Asahi Imagem: