Enquanto o Seikan, o túnel submarino mais longo do mundo – de acordo com a matéria da Kyodo – que conecta as duas principais ilhas do Japão por ferrovia marcou seu aniversário de 30 anos na terça-feira (13), uma melhor coexistência entre trens de alta velocidade e de carga ainda está sob estudo.
O túnel de 53.85km que conecta o extremo norte de Honshu a Hokkaido, dos quais um trecho de 23.30km são sob o leito marinho, vem servindo como uma artéria de transporte fundamental desde sua inauguração, visto que ele é dificilmente afetado pelas condições climáticas, incluindo a neve no inverno.
De acordo com dados da Hokkaido Railway, foram necessários 24 anos e um custo de 690 bilhões de ienes para completar o trabalho de construção com o envolvimento de aproximadamente 14 milhões de trabalhadores.
A construção do túnel, que percorre 240 metros abaixo da superfície do mar em sua parte mais profunda, foi extremamente difícil, com trabalhadores enfrentando muitos problemas, como deslizamentos de terra frequentes e inundações. Trinta e quatro pessoas perderam suas vidas.
O projeto de construção começou a evoluir em meio ao clamor público que buscava uma maneira mais segura de atravessar o Estreito de Tsugaru, após um forte tufão ter afundado o Toya Maru e outros navios nas águas e ocasionado a morte de 1.110 pessoas em setembro de 1954.
Em dezembro de 2017, o túnel foi selecionado como um dos 20 símbolos para representar a tecnologia e patrimônio cultural do país pelo comitê nacional do Conselho Internacional sobre Monumentos e Locais no Japão.
O Seikan foi o túnel ferroviário mais longo do mundo até a abertura do Túnel de Base de São Gotardo na Suíça em dezembro de 2016.
Trens de carga que passam pelo túnel Seikan, em sua maioria, transportam produtos agrícolas de Hokkaido a outras partes do país e levam livros e itens processados para a ilha no extremo norte do arquipélago.
Cerca de 50 trens de carga e 30 trens-bala passam pelo túnel diariamente.
Fonte: Kyodo Imagem: Wikimedia