O Japão continuou a ver mais casos reportados de stalking (perseguição) e pornografia de revanche em 2017.
Uma lei revisada que expandiu a definição de crimes e a disposição das vítimas em se apresentarem levaram ao aumento dos casos reportados, informou a polícia na quinta-feira (15).
A polícia em todo o país foi consultada em uma alta recorde de 23.079 casos suspeitos de stalking em 2017, alta de 342 ante o ano anterior.
O número de casos em que a polícia efetuou a prisão de suspeitos ou os encaminharam à promotoria por violações de uma lei antistalking também atingiu uma alta recorde de 926, 157 a mais em comparação ao ano anterior, de acordo com dados divulgados pela Agência Nacional de Polícia.
Os dados também mostraram uma tendência de alta no número de pessoas que se aproximou da polícia com queixas sobre pornografia de revanche. O número em 2017 teve um aumento de 180, ou 16.9%, ante o ano anterior, totalizando 1.243.
A pornografia de revanche envolve uma vítima tendo imagens comprometedoras de natureza sexual retidas, distribuídas ou usadas como forma de poder por outra pessoa.
Mulheres são a maioria da vítimas
Entre as vítimas de stalking, 88.3% eram mulheres e mais de 60% tinham entre 20 e 30 anos. Um total de 82.7% dos stalkers suspeitos eram homens, mostraram os dados.
A relação mais comum entre a vítima e o infrator era de namorados, incluindo ex-parceiros (as).
O número de relatos de pornografia de revanche continuou acima de mil desde 2015, quando a polícia começou a manter os registros, com as mulheres jovens sendo as mais afetadas.
Similar à tendência vista nos casos de stalking, 91,6% das vítimas eram mulheres, enquanto 83,6% dos autores eram homens. A relação mais comum entre a vítimas e o infrator era de namorados, incluindo ex-parceiros (as).
Em 514 casos as vítimas foram ameaçadas com distribuição de imagens comprometedoras, seguidos por 362 ocorrências em que imagens foram registradas ou retidas e 255 em que elas receberam imagens inconvenientes. Em 236 casos, imagens comprometedoras foram distribuídas publicamente sem consentimento.
Fonte: Japan Today, Kyodo Imagem: Bank Image