Devido a inúmeros acidentes fatais causados em razão de falhas no sistema de airbags nos EUA, a Takata expandiu o recall de veículos para diversas regiões do mundo, e o déficit final deste ano fiscal foi de ¥79.5 bilhões. Além disso, somando as dívidas contraídas com outras empresas automobilísticas e das despesas do recall, o montante total da dívida ultrapassa a marca de ¥1 trilhão.
A Takata vinha procurando maneiras para recuperar os lucros e a confiança no mercado, contudo, a empresa não conseguiu contornar a situação e perdeu todo o apoio das empresas relacionadas.
Na reunião extraordinária dos diretores da empresa realizada nesta segunda-feira (26), o Tribunal Distrital de Tóquio aprovou o pedido de falência, mediante a aplicação da Lei de Reabilitação Civil. Este é o maior colapso administrativo no setor de indústrias manufatureiras no Japão.
O tribunal aprovou a reestruturação da gestão da empresa sob os cuidados do tribunal. Além disso, o tribunal está realizando os ajustes finais, e a Takata receberá um investimento de ¥200 bilhões da Key Safety Systems (KSS), a maior fabricante de peças dos EUA, que está sob a jurisdição de corporação chinesa.
Após o término da II Guerra Mundial, a Takata expandiu seus negócios para a produção de cintos de segurança e se desenvolveu ao ponto de ser uma das três maiores no mundo no setor de airbags. Entretanto, a empresa perdeu a confiança das empresas relacionadas e dos consumidores devido à demora em realizar o recall em larga escala, e acabou abrindo falência.
Takata anuncia a saída do mercado de ações
A Bolsa de Tóquio anunciou a saída da Takata do mercado de ações, que está datada para o dia 27/jul. As ações da Takata foram reclassificadas, e a Bolsa de Tóquio determinou o título da Takata para “marca excluída”.
Além disso, a Bolsa de Tóquio determinou a suspensão da compra e venda das ações da Takata, que estará disponível apenas até a data citada anteriormente.
O valor final das ações nesta última sexta-feira (23) foi de ¥160.
Fonte: NHK News