Se você não é marombeiro provavelmente nunca ouviu falar dessa doença. Se é marombado, pode ser que já saiba do assunto. O termo vigorexia foi cunhado pelo psiquiatra americano Harrison Pope, da Faculdade de Medicina de Harvard – Estados Unidos. Ele foi o primeiro a estudar o transtorno, nos anos 90.
Segundo pesquisas, o vigoréxico é em geral jovem, na faixa dos 20 anos. Atinge homens e mulheres, indistintamente, mas parece que a população vigoréxica é maior entre os do sexo masculino. Esse índice pode chegar a ser 4 vezes maior entre os homens.
O que é vigorexia
Você já deve ter ouvido falar da anorexia. Qualquer quilo a mais no corpo deixa a pessoa transtornada e ela quer perder peso. Ao contrário, a vigorexia é uma doença que deixa a pessoa transtornada por achar que seu corpo ainda não “cresceu” como queria. Assim, malha muito mais e chega a tomar anabolizantes, esteroides e suplementos em altas doses para manter ou aumentar os músculos do corpo.
Quem sofre de vigorexia?
Conhecida também como transtorno dismórfico muscular (TDM), no final do século passado também era dita como anorexia reversa. Atualmente, pode ser chamada também de transtorno de Adônis.
Os vigoréxicos não se contentam com seus resultados na academia. Eles se enxergam distorcidamente, sempre achando que ainda falta volume muscular, mas não pode ser confundida com o narcisismo. Essa insatisfação vai crescendo e, nos casos mais graves, pode levar a pessoa ao isolamento social.
De acordo com uma pesquisa realizada no Reino Unido, publicada pela BBC, um em cada 10 homens que treina em academias, tem o TDM. Eles se caracterizam pelo exagerado consumo de esteróides, desenvolvem a depressão e ainda podem cometer suicídio.
Características da vigorexia
Segundo a BDD Foundation (Body Dysmorphic Disorder) essa doença é caracterizada por:
- Excesso de tempo e excesso de esforço no levantamento de peso para aumentar a massa muscular
- Preocupação e pânico em relação ao treino, caso não possa participar
- Overtraining ou treinamento mesmo com lesão
- Comer desordenadamente, usando dietas especiais ou suplementos proteicos excessivos. Muita restrição alimentar
- Abuso de esteroides e, muitas vezes, abuso de outras substâncias
- Aflição na exposição pessoal, levando a camuflar o corpo
- Comparação e verificação compulsiva do físico
- Significativo sofrimento ou alterações de humor
- Prioriza a sua agenda pessoal sobre qualquer outra coisa ou interferência nos relacionamentos e na capacidade para o trabalho
- Muitas outras preocupações em relação ao corpo, cabelo, pele ou tamanho do pênis
Sintomas
Segundo o site Suplementos Brasil, os sintomas são:
- Distorção da própria imagem
- Preocupação excessiva com próprio corpo
- Recorrer a suplementos alimentares de forma exacerbada
- Atividades físicas em excesso e treinos extremos
- Recorrer a dietas muito rigorosas
- Abuso de anabolizantes
- Irritabilidade
- Depressão
- Insônia
- Impotência sexual
Tratamento da vigorexia
Segundo os especialistas, o primeiro passo é a pessoa aceitar a doença.
A partir disso, ela deve buscar os profissionais especializados como um psicólogo, psiquiatra, nutricionista e outros que achar necessário. Além do suporte emocional, terá uma equipe médica multidisciplinar para rever os hábitos, especialmente os alimentares pois os pacientes com essa doença tendem a se privar de vários itens, fazer diversos exames para um tratamento adequado.
Fontes: SuplementosBrasil, BDD Foundation e BBC Imagens ilustrativas: Wikimedia e Pixabay