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O Japão recebeu 24.03 milhões de turistas estrangeiros em 2016. Isso levou a uma situação em que restaurantes, hotéis e outros negócios estão enfrentando dificuldades para encontrar funcionários multilíngues.
É provável que a situação fique ainda mais apertada, a não ser que algo seja feito, visto que o Japão tem a meta de aumentar o número de visitantes do exterior para 40 milhões até o ano de 2020.
Atualmente, estudantes estrangeiros estão preenchendo a maioria das lacunas. Cerca de 209.000 deles, ou 2.3 vezes o número de 5 anos atrás, estava trabalhando a meio período desde outubro de 2016, segundo o ministério do trabalho. Nas indústrias de serviços de acomodação e alimentação, estudantes que trabalham a meio período compõem 56% dos funcionários estrangeiros.
Trabalhadores estrangeiros com habilidades especiais
O governo central, até agora, focou principalmente em trazer profissionais do exterior altamente qualificados, como consultores de negócios e pesquisadores.
A nova legislação, que garantiria o status de residência permanente a essa classe em menos de 1 ano, poderá entrar em vigor brevemente. No entanto, o programa de migração qualificada do Japão exige que os candidatos satisfaçam padrões de qualificação avançados, como critério sobre renda, bagagem acadêmica e histórico de trabalho.
Críticos têm dito que tal sistema exclui muitos trabalhadores estrangeiros com habilidades especiais.
Criação de estrutura que abriria as portas para talento estrangeiro não reconhecido como profissional altamente qualificado
Agora, o Escritório do Gabinete está buscando criar uma estrutura separada que abriria as portas para talento estrangeiro não reconhecido como profissionais altamente qualificados. Os requerimentos para residência dessa classe de trabalhadores seriam facilitados em designadas zonas estratégicas especiais.
As categorias de serviços aplicáveis poderiam incluir intérpretes, cozinheiros e designers de roupas. Atualmente, estrangeiros nessas ocupações precisariam de 10 anos de experiência de trabalho ou diplomas universitários para se qualificarem para residência.]
O Escritório do Gabinete vai examinar planos de negócios envolvendo trabalhadores não nativos em comitês estabelecidos em cada uma das 17 zonas estratégicas, que estão localizadas principalmente em grandes cidades como Tóquio e Osaka. Cada zona vai escolher ocupações específicas a serem autorizadas sob o programa. Candidatos que passarem em exames de certificação no Japão e no exterior, assim como aqueles que ganham prêmios em competições internacionais, teriam a exigência de experiência profissional e outros requerimentos flexibilizados.
Em um cenário em potencial, os candidatos que forem aprovados em um exame de proficiência em língua japonesa em seus países de origem poderiam trabalhar em hotéis no Japão. A cidade de Osaka está pedindo ao governo central para que flexibilize as regras de contratação que poderiam abrir as portas para que os estrangeiros trabalhem nas indústrias da hospitalidade, turismo e segurança no Japão.
Os setores em que os trabalhadores estrangeiros terão permissão para trabalhar dependerão das necessidades específicas das zonas econômicas especiais, segundo o governo.
Fonte: Nikkei, NHK
Imagem: Bank Image