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O governo japonês pede para as mães não darem mel para bebê com menos de 1 ano. Saiba o porquê e compreenda.
A imprensa japonesa ocupou parte de seu noticiário desta terça-feira (11) para informar uma orientação do governo japonês. O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem Estar do Japão pede para as mães não darem mel para o seu bebê com idade inferior a 1 ano. E tem um motivo sério para isso.
De acordo com o Governo Metropolitano de Tóquio, um bebê de uma família residente em Adachi-ku, da capital, recebia como alimento um suco acrescido de mel, desde os 4 meses. A mãe dava o suco adoçado com mel 2 vezes ao dia, com cerca de 10 gramas de mel.
Em 20 de fevereiro deste ano o bebê apresentou sintomas neurológicos como convulsões e insuficiência respiratória. O bebê foi diagnosticado com botulismo infantil e não resistiu. Perdeu a vida no final do mês de março deste ano, segundo informações do jornal Asahi desta terça-feira (11).
Essa foi a primeira morte por botulismo infantil registrada desde 1.986. Ao receber esse comunicado, o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem Estar se manifestou orientando as mães para não oferecerem bebidas e alimentos com mel ou à base dele para os bebês com idade inferior a 1 ano.
O jornal Asahi entrevistou o professor e pesquisador Koichi Niwa da Universidade de Agricultura de Tóquio. Especialista na toxina botulínica, ele explicou que as bactérias estão presentes no solo e rios. Por isso, há pessoas adultas que se intoxicam com a raiz de lotus, por exemplo. No caso do mel, as bactérias que não gostam do oxigênio, para se protegerem criam esporos. Em estado de baixo oxigênio emitem um forte veneno. Os esporos são resistentes ao calor e à dessecação. Embora possam ser eliminados por aquecimento de um certo tempo, a 121 graus, em relação à comida caseira fica difícil, explica o professor.
“Até 1 ano de idade existe uma diferença entre os tipos de bactérias intestinais entre os adultos e bebês. No caso dos bebês, a função de digestão e absorção ainda é imatura, o que facilita a proliferação no intestino, levando o bebê a dificuldades respiratórias à paragem respiratória, quando o caso se agrava”, conclui o professor e pesquisador.
O ministério informou que no ano de 1.987 fez a mesma orientação e chegou a imprimir o alerta na caderneta de mãe e filho (boshitecho). Com a recente morte do bebê, informou que vai publicar a orientação na web page.
De acordo com o Conselho de Segurança Alimentar, não é só o mel de abelhas que pode causar esse problema no bebê. Atenção aos demais alimentos:
Ou seja, cuidado com os produtos alimentícios, pois o xarope de milho está presente em quase todos eles (doces), por causa do seu sabor. Além disso, há o risco do Bisfenol A, nos produtos de plástico, como as mamadeiras desse material e vasilhas para esquentar a comida.
Fontes: News24 e Asahi Shimbun Imagens ilustrativas: Pixabay