O governo japonês está planejando realizar uma cerimônia para a prevista abdicação do imperador Akihito em dezembro de 2018, no que seria a primeira no Japão em 200 anos, segundo informações divulgadas por fontes do governo na quarta-feira (12).
A última vez que o Japão realizou uma cerimônia para a abdicação de um imperador foi em 1817, quando o imperador Kotaku renunciou ao trono do Crisântemo. O governo vai considerar como materializar o plano ao estudar documentos do passado os quais descrevem maneiras cerimoniais para abdicações.
A cerimônia de abdicação poderá ser realizada juntamente com uma série de atos formais como a ascensão do príncipe herdeiro Naruhito. Isso poderá ser tratado como ato de estado que exige a aprovação da Assembleia para realização, segundo as fontes.
O imperador Akihito indicou sua vontade de abdicar ao trono no verão passado
Até agora, dos 125 imperadores do Japão, incluindo o imperador Akihito de 83 anos, 58 abdicaram ao trono. Contudo, atualmente, a legislação japonesa permite apenas abdicação póstuma.
O governo do primeiro-ministro Shinzo Abe está refletindo mudanças legais para permitir que o imperador Akihito passe o trono ao príncipe herdeiro Naruhito, de 57 anos. Em um raro vídeo transmitido no verão passado, o imperador Akihito indicou sua vontade de abdicar ao trono em razão de sua idade avançada.
Fim da Era Heisei
Enquanto o tempo para abdicação ainda não foi formalmente decidido, o governo está considerando dezembro de 2018, aparentemente levando em conta o aniversário de 85 anos do imperador em 23 de dezembro daquele ano.
A Era Heisei, que designa o reinado do atual imperador, poderá durar até o final de 2018, e uma nova era exercida pelo seu filho, Naruhito, terá início no primeiro dia de 2019, de acordo com as fontes.
Fonte: Japan Today Imagem: Wikimedia
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