“Míssil lançado. Parece que um míssil foi lançado. Por favor, evacuem para um prédio reforçado ou local subterrâneo”, soava o alto-falante na cidade, silenciando as crianças que brincavam no pátio e abafando o som da água escoando ao longo dos campos de arroz.
Residentes mais velhos correram para o centro comunitário com estrutura de concreto, enquanto as crianças de uma escola de ensino fundamental se abaixaram no chão do pátio onde brincavam, algumas cobrindo suas cabeças com as mãos.
Sakata, uma cidade com cerca de 100.000 habitantes situada na província de Yamagata na costa nordeste do arquipélago japonês, está a somente 1.070km da Coreia do Norte através do mar e muitos dos mísseis que o regime de Kim Jong-Un vêm lançando caíram não muito longe desta costa, dentro da zona econômica exclusiva do Japão.
Enquanto Kim indica repetidamente que quer um míssil balístico intercontinental capaz de atingir os EUA e enquanto está conseguindo progresso observável em direção a sua meta, seus cientistas especializados ainda não chegaram lá.
Contudo, a Coreia do Norte é capaz de atingir o Japão. Um dos mísseis que o Norte disparou no mês passado tinha um alcance técnico de 4.500km, colocando facilmente o Japão e até Guam, território dos EUA, dentro do alcance.
“Sakata está de frente para o Mar do Japão, então é importante pensar sobre como nos proteger no caso da aproximação de um míssil norte-coreano”, disse o prefeito Itaru Maruyama, após a cidade realizar sua primeira preparação contra mísseis na sexta-feira (8). Já realizamos treinamentos para vários desastres, mas não para mísseis”.
As pessoas no Japão estão acostumadas a exercícios de preparação para terremotos e tsunamis, mas em abril o governo emitiu novas diretrizes de “ações para nos protegermos”, incluindo instruções em como responder se um míssil balístico norte-coreano estiver seguindo na direção do Japão.
Basicamente, o aviso é limitado a se proteger dentro de um prédio reforçado ou em área subterrânea – não há muito o que as pessoas possam fazer – visto que elas teriam apenas poucos minutos para evacuar.
Cerca de 400 residentes participaram do treinamento em Sakata, praticando o que fazer se um satélite detectar um míssil balístico lançado da Coreia do Norte em direção ao Japão. Além de acionar alarmes nos celulares, alertas soarão de alto-falantes já usados para emitir alertas de terremotos e tsunamis.
A ameaça da Coreia do Norte é sentida de forma real nesta costa e várias autoridades regionais já organizaram práticas similares.
Fonte: NDTV Imagem: CNBC, NDTV
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