Um hospital público da cidade de Tokai (Aichi) removeu acidentalmente dois terços do estômago de um paciente com úlcera após misturar amostras de células desse paciente e de outra pessoa que tinha câncer de estômago, segundo funcionários do hospital.
Como resultado, o Nishichita General Hospital acabou dando alta ao paciente com câncer sem realizar a cirurgia de estômago necessária.
Masahiko Asano, diretor do hospital, e outros responsáveis, fizeram a declaração em uma conferência de imprensa em 21 de junho.
“Vamos responder sinceramente aos pacientes e suas famílias. Vamos intensificar os esforços para prevenir tais incidentes”, disse Asano. Desde então, o hospital pediu desculpas aos pacientes afetados e suas famílias e apresentou medidas para prevenir uma recorrência.
O paciente com úlcera, de 50 anos, está passando por tratamento como paciente de ambulatório, enquanto o de 80 anos com câncer foi posteriormente levado ao hospital e então transferido para outra instituição médica, divulgou o Mainichi.
O caso ocorreu em abril deste ano
O caso ocorreu no hospital em abril de 2017. Funcionários coletaram amostras das células do estômago de ambos os pacientes no mesmo dia e conduziram exames patológicos das amostras no dia seguinte.
Os médicos, então, diagnosticaram o paciente de 50 anos com câncer de estômago e removeram dois terços do órgão em uma operação realizada no final de maio, mas a parte removida do estômago não foi considerada cancerígena. Outro teste também não encontrou células cancerígenas.
Em resposta, o hospital convocou um comitê de investigação sobre o incidente e confirmou que o hospital confundiu as amostras de células coletadas do paciente com câncer, de 80 anos, com aquelas do paciente com úlcera.
As amostras coletadas de ambos os pacientes foram mantidas em dois recipientes brancos separados e esses recipientes foram, então, colocados em frascos diferentes com etiquetas mostrando os nomes e numeração dos pacientes.
Contudo, quando os funcionários retiraram os recipientes dos frascos para transferi-los a recipientes verdes de exames, um trabalhador responsável por testes clínicos os colocou nos recipientes errados. Supostamente, os nomes dos pacientes não foram escritos nos de cor branca.
Fonte: Mainichi Imagem: Yomiuri