ESPASIM – Espaço Simplifica, ensinando com amor e dedicação

Conheça o Espaço Simplifica, que está ajudando famílias de Gifu com um trabalho sério e dedicado à comunidade. Veja mais.

Num lugar modesto, mas com muito amor e dedicação, Shizuka Miyawaki  é uma mulher forte com muita paixão por seu trabalho de educadora e tenta manter seu espaço.
O Espasim foi aberto inicialmente para crianças que precisam de um reforço escolar e não parou, indo muito mais além.

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Com a ajuda de sua amiga Tiemi Akiyama, de professores e parceiros voluntários Iwata (aulas de japonês), professor Robert Colqui (aulas de inglês), Stefani Abe (aulas de culinária), Linda Kihara, Odete Itakura, Lígia Massutani e pais, o Espasim oferece um espaço de aprendizado para a comunidade brasileira residente em Ogaki e região.

Conversamos com Shizuka Miyawaki, que nos falou sobre a criação do Espasim e sua atividades em prol da comunidade de Ogaki.

O Espasim foi criado para simplificar, mas no quê simplifica?

A ideia é simplificar o cotidiano para pais e para os filhos.
Para os filhos conseguirem fazer e compreender toda a tarefa de escola que é muita, conseguirem administrar as cobranças dos pais em falar português e conseguirem conviver e brincar com crianças japonesas e brasileiras.
Para as crianças o Espasim simplifica pois aqui falamos tanto em português como em japonês.
As crianças brasileiras aqui no Japão, recebem muito mais cobranças tanto na escola como em casa e nós do Espasim percebemos isso e pensamos em criar um espaço que ajude e simplifique tudo isso.

Como é o trabalho no Espasim?

Aqui é onde há um acompanhamento de toda a tarefa da escola japonesa, que é muito diferente do que é feito na escola brasileira e também temos aulas alfabetização em português desde o básico.
Aqui alfabetizamos, ensinamos brincadeiras, histórias, costumes do Brasil, tanto que tivemos crianças que estudavam aqui conosco e que voltaram ao Brasil e não ficaram perdidas, pois aprenderam sobre a situação e comportamento nas escolas de lá.
Temos aulas de japonês e inglês também para as crianças e adultos.

De que forma vocês estão ajudando os pais?

Para os pais, principalmente as mães que tem aquela rotina de fábrica, casa e família que é muito desgastante, ela dispõem de pouco tempo que é necessário tempo para ajudar os filhos nas lições.
E as crianças precisam dessa ajuda para ter uma vida escolar plena, e então nós fazemos isso aqui damos esse suporte.
E muitos não sabem a escrita e leitura japonesa, e não vão perceber a falta de um  “risquinho” e nós fazemos esse trabalho aqui. A criança chega na escola com uma lição bem feita e a mãe vê que o filho está realmente aprendendo.
Além do que a criança estando aqui, a mãe tem tempo para seus afazeres domésticos depois da fábrica e quando a criança volta pra casa a família tem mais tempo para ficar junta.

No caso das barreiras do idioma e dos costumes entre a escola e os pais, como vocês têm ajudado?

Nós não interferimos no acompanhamento dos pais na escola porque tem coisa que só eles tem que fazer.
Mas os pais tem uma vida corrida e algumas coisas podem passar desapercebidas, se notamos alguma coisa, por exemplo um professor corrigindo de uma forma negligente algo, que é raro mas já aconteceu, nós estávamos ali sendo uma ponte entre a escola e os pais.
Normalmente são reclamações dos pais com a escola e vice-versa, e estamos ali no meio para mostrar para os pais o lado da escola e para a escola o lado dos pais.
Isso tudo simplifica e cria uma harmonia e quem ganha é a criança.

Quando foi inaugurado e quem idealizou esse espaço?

O projeto começou de uma conversa entre eu e a professora Geni, que é falecida, mas na época ela trabalhava como professora tradutora de uma escola japonesa, e entre muitas histórias e casos que aconteceram, ela viu a necessidade de ser ter um espaço de suporte para as famílias.
Durante dois anos, fomos coletando dados da comunidade e colocando no papel a ideia amadureceu durante dois anos até que resolvemos fazer.
E quando começamos em março de 2015, alugamos um lugar e fizemos nossa primeira postagem do Espasim no Facebook dia primeiro de abril e ela, a professora Geni, faleceu no dia 10 de abril.
A princípio depois do seu falecimento pensei em não tocar pra frente mas depois acabei voltando atrás.
Mas gosto de pensar na data de primeiro de abril como o dia de aniversário do Espasim, pois ela ainda estava conosco para ver o nosso projeto realizado e de alguma forma assim ela sempre estará presente, e para mim isso é muito importante pois ela me ensinou muitas coisas.

E as outras atividades, como as voltadas às mulheres, como são?

Eu sempre pensei nas crianças, mas com o tempo vi que as mães também precisavam de um espaço para realizar atividades como culinária, maquiagem, artesanato e aí nasceu o Projeto Mulheres.
Muitas mulheres tem cursos e certificados mas não tem um lugar onde colocar em prática tudo o que aprendeu e guardavam o seu certificado na gaveta.
O certificado é importante mas a prática e experiência é o que vai te levar longe e abrir as portas.
Já temos histórias de sucesso aqui, mulheres que tinham o conhecimento mas não tinham onde por em prática e agora estão trabalhando por conta e tendo também mais qualidade de vida por fazerem o que gostam e terem mais tempo para a sua família.
Agora estou planejando algo para fazer com os jovens também.

Nos feriados escolares há atividades no Espasim?

Nos feriados que não são no calendário vermelho, nós abrimos o dia todo com atividades diversas. E todo segundo sábado do mês nós temos oficina infantil e os pais podem aproveitar esse tempo para fazer alguma coisa.

Durante esses dois anos de existência qual foi o maior desafio?

Não desistir. Superar as dificuldades financeiras.
As contas chegam todo mês e na maioria das vezes tudo fica difícil.
Em dois anos de funcionamento eu ainda não tirei um salário e eu também tenho filhas, marido que apesar de não entender me ajudam.
Eu estudei e me formei para isso, ensinar é minha vocação é o que eu amo fazer.
Meu objetivo não é só que o Espasim se sustente ou dê lucro, o que eu quero é que aqui seja um espaço para a comunidade. Que ajude, que dê apoio e ensine as crianças.
Que o projeto mulheres seja uma porta para cada mulher trazer um pouco do que sabe e se sinta segura e confortável em aprender e ensinar, seja em culinária, em artesanato, em beleza, seja o que for aqui é o espaço para cada uma.
E que outras pessoas em outras cidades que também compartilham dessas mesmas dificuldades no ensino de seus filhos se inspirem em criar outros lugares parecidos com o nosso aqui.

E para quem quiser vir conhecer, aprender e até ensinar entre em contato ou venha até aqui e participe.
Para as mamães e papais que estão precisando de uma ajuda com seus filhos para dar um reforço escolar fique a vontade em nos procurar.
Estamos de portas abertas.

Equipe Espasim
Shizuka Miyawaki, Tiemi Akiyama, Iwata sensei (aulas de japonês), Professor Robert Colqui (aulas de inglês), Stefani Abe (aulas de culinária), Linda Kihara, Ligia Massutani e Odete Itakura.

https://www.facebook.com/espasim/

Texto: Kamila Lima. Fotos: cedidas e Image Bank, equipe Portal Mie de fotografias.

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Japão começa a introduzir placas de trânsito em inglês nas ruas

Publicado em 3 de julho de 2017, em Sociedade

O Japão começou no sábado a introduzir novas sinalizações de tráfego com tradução em inglês nas ruas. Veja mais.

Cerca de 35.000 das 140.000 placas de “pare” em Tóquio serão substituídas até a abertura dos Jogos (NNN)

No sábado (1º), o Japão começou a introduzir novas sinalizações de tráfego em inglês em meio a um aumento no número de visitantes estrangeiros com a proximidade das Olimpíadas e Paralimpíadas de Tóquio em 2020.

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Cerca de 35.000 das 140.000 placas de “pare” em Tóquio serão substituídas por novas até a abertura dos Jogos, com traduções em inglês abaixo das palavras em japonês em áreas que incluem os locais de eventos das Olimpíadas, segundo o Departamento de Polícia Metropolitana.

Além das nova sinalizações de “pare”, aquelas com a palavra “devagar” com traduções em inglês também serão introduzidas.

No Japão, há cerca de 1,7 milhão de sinalizações “pare” e 1.000 com o alerta “devagar”, de acordo com a Agência Nacional de Polícia.

Em 2016, o número de visitantes estrangeiros no país atingiu um recorde de 24 milhões. Contra esse panorama, a agência decidiu mudar as sinalizações para facilitar o entendimento por parte dos turistas do exterior.

É provável que a prioridade seja dada a novas sinalizações em destinos turísticos, assim como áreas próximas a aeroportos onde muitos estrangeiros alugam carros.

Fonte: Japan Today
Imagem: NNN

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