Danos causados por espécie de besouro se espalham pelo Japão

O “hanami” está ameaçado em algumas regiões do Japão por um besouro incomum.

Os Aromia bungii são pequenos besouros, de até 4cm de comprimento, originários da China e Vietnã. Segundo a Organização de Gerenciamento e Pesquisas Florestais (FFPRI) da cidade de Tsukuba, este besouro possui uma taxa de fecundidade 5 a 10 vezes maior do que as espécies convencionais.

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Além disso, como não predadores naturais no Japão, o besouro pode se reproduzir sem problemas. As larvas entram no interior dos troncos de cerejeiras, pessegueiros e ameixeiras, e se alimentam da parte interna por 2 a 3 anos.

Estes cerambicídeos foram encontrados pela primeira vez em 2012. Segundo o FFPRI, esses insetos desenvolveram seus habitats em 7 províncias (Tóquio, Gunma, Tochigi, Saitama, Aichi, Osaka e Tokushima). Os agricultores vinham tomando algumas providências como derrubar as cerejeiras das plantações e outros lugares, mas não foi possível acabar com os besouros.

Na província de Tochigi, 113 pessegueiros de 19 plantações das cidades de Sano e Ashikaga foram devorados pelas larvas do inseto. A província pediu para os agricultores informarem imediatamente as autoridades caso encontrem o besouro.

Na cidade de Soka (Saitama), muitas cerejeiras dos canais da cidade, que são muito visitados pelos residentes nas épocas de “hanami” na primavera, murcharam e muitas árvores simbólicas dessas regiões tiveram que ser desarborizadas por causa dos danos.

Na província de Tokushima, os relatos de danos em pessegueiros de agricultores da região começaram a surgir no ano passado. Segundo a província, dentre as 50 plantações investigadas pelas autoridades, foram confirmados danos em pessegueiros e ameixeiras em pelo menos 35 delas. Por causa disso, a província está tomando as providências de captura das larvas adultas com a ajuda de estudantes de universidades.

Como desarborizar regiões danificadas pelos insetos não resolve a situação, o FFPRI está desenvolvendo um novo inseticida feito a partir dos feromônios dos besouros.

O Ministério do Meio Ambiente pretende proibir por lei a criação de cerambicídeos ao categorizá-los como “espécies exóticas específicas”.

Segundo especialistas do FFPRI, “há a possibilidade de algumas regiões ficarem impossibilitadas de realizarem ‘hanami’ e dos agricultores de pêssego e ameixas sofrerem danos enormes. A situação é de emergência e iremos acelerar o desenvolvimento de novas formas de extermínio.”

O que são os Aromia bungii?

Os Aromia bungii são grandes besouros da família de cerambicídeos. Originários da China e do Vietnã, chegam a medir cerca de 3 a 4cm de comprimento.

Sua primeira aparição foi na província de Aichi, há 5 anos. Os especialistas acreditam que as larvas desses besouros chegaram ao Japão em importações de madeiras desses países por causa de um erro na inspeção. Desde 2008, esse besouro começou a aparecer na Alemanha, Itália e EUA.

Segundo o FFPRI, uma única fêmea dessa espécie consegue gerar mais de 1.000 ovos em toda sua vida.

Essa espécie é muito resistente e consegue sobreviver tanto no clima de monções do norte da China quanto nas temperaturas elevadas do Vietnã. Segundo as autoridades, essa espécie consegue sobreviver em todo o Japão, desde Hokkaido até Okinawa.

Fonte: NHK News

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Sistema de saúde do Japão será modelo para países em desenvolvimento

Publicado em 15 de julho de 2017, em Saúde, Bem-Estar e Cotidiano

O Japão vai auxiliar países emergentes na criação de redes de transporte médico e suporte administrativo.

O Japão vai auxiliar países emergentes na criação de redes de transporte médico e suporte administrativo (imagem ilustrativa)

O Japão vai se juntar com organizações globais para estabelecer sistemas de seguro e cuidados da saúde que lembram o seu próprio em países emergentes, auxiliando com tarefas como coleta de dados de saúde fundamentais, criação de redes de transporte médico e suporte administrativo.

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O governo japonês convocará uma reunião em dezembro com autoridades e representantes da saúde pública de nações emergentes de tais grupos como o Banco Mundial, a Organização Mundial da Saúde e a UNICEF. O Japão e essas organizações vão se comprometer em oferecer assistência que visam ajudar os países em desenvolvimento a estabelecer sistemas de saúde modernos, assim como programas de seguro saúde universais tendo o do Japão como modelo.

Ao fornecer mais auxílio relacionado à saúde poderia ajudar o Japão a se distinguir da China no estágio global. O peso-pesado asiático tem, recentemente, intensificado o suporte a projetos de infraestrutura como ferrovias, estradas e portos na Ásia e além – um campo considerado há muito tempo uma esfera de autoridade do Japão – através de organizações como o Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura.

 

Brevemente, o Japão e seus parceiros vão dar início a discussões com 10 países, incluindo Serra Leoa, Gana, Senegal, Vietnã e Camboja, sobre a implementação desses planos de ajuda, e vai solicitar contribuição sobre como estabelecer sistemas de saúde em países com menos estabilidade política como Afeganistão e Sudão.

Fonte: Nikkei
Imagem: Bank Image

 

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