“O trabalho a tempo integral, a participação das mulheres e idosos e o emprego da mão de obra estrangeira, deveriam ser facilitados”, diz o FMI (imagem ilustrativa)
O Fundo Monetário Internacional (FMI) pediu ao Japão que promova o emprego de trabalhadores estrangeiros e a participação de mulheres e idosos no mercado de trabalho como parte dos esforços para alcançar um crescimento mais firme e sustentado.
Publicidade
Em sua avaliação da economia japonesa após consultas anuais com o governo, o FMI sugeriu avançar em “reformas para aumentar o investimento, assim como fornecimento de mão de obra diversificada e aprimorada a fim de aumentar o crescimento potencial”.
“Para esse fim, o trabalho a tempo integral, a participação das mulheres e idosos e o emprego da mão de obra estrangeira, deveriam ser facilitados”, disse a instituição com sede em Washington em um relatório divulgado na segunda (31/jul).
O FMI espera que o momento de crescimento do Japão se realize neste ano, mas poderá enfraquecer se o apoio fiscal desvanecer como o atualmente previsto, segundo o relatório.
O recente crescimento, impulsionado pelo apoio fiscal e firmeza da economia mundial, “poderia ser temporário”, salienta.
FMI apoia o aumento do imposto sobre consumo para consolidação fiscal
Medida pelo PIB (Produto Interno Bruto), o FMI estima que a terceira maior economia do mundo terá um crescimento de 1.3 por cento em 2017, alta de 1 por cento em 2016. O crescimento, no entanto, está projetado para desacelerar 0.6 por cento em 2018.
“A possível expiração do apoio fiscal em 2018, junto a uma expansão menor na demanda estrangeira, reduziria o índice de crescimento, apesar de um antecipado aumento no investimento privado relacionado às Olimpíadas”, segundo o relatório.
Citando a necessidade para consolidação fiscal a fim de abordar os riscos do alto nível do débito público do Japão, o FMI “apoiou amplamente” um caminho pré-anunciado para um gradual e sustentado aumento no imposto sobre consumo.
O imposto poderá subir de 8 para 10 por cento em outubro de 2019.
Contudo, poucos diretores do FMI apontaram riscos associados com a implementação do planejado aumento, aparentemente à luz do incerto panorama para a economia.
Fonte: Japan Times, Kyodo
Imagem: Bank Image