A Coreia do Norte ameaçou atacar uma área próxima a uma principal base militar dos Estados Unidos na ilha de Guam com um míssil, segundo nota divulgada pela rede estatal do país na quarta-feira (9).
A Agência Central de Notícias da Coreia (ACNC), mais conhecida pela sigla em inglês KCNA, citando um porta-voz para as forças de míssil do exército, divulgou que o país estava considerando seriamente tal opção de ataque após “visitas frequentes aos céus acima da Coreia do Sul” por bombardeiros estratégicos dos EUA nos últimos meses.
“A Força Estratégica do Exército Popular da Coreia está agora examinando cuidadosamente o plano operacional para realizar um ataque ao redor de Guam, com o objetivo de conter as principais bases militares dos EUA em Guam, incluindo a Base da Força Aérea de Anderson”, citou o porta-voz.
Tal plano, o qual o relatório diz que foi recomendado pelo líder norte-coreano Kim Jong-un, “enviaria um grave alerta aos EUA”.
O plano aguarda somente uma decisão no líder norte-coreano
Segundo o relatório, o plano seria examinado e, assim que concluído, “será colocado em prática, uma vez que Kim Jong-un, o comandante supremo da força nuclear da República Popular Democrática da Coreia, tomar uma decisão”.
Na quarta-feira, as Forças Aéreas Pacíficas dos EUA disseram que 2 bombardeiros B-1B de Guam se juntaram a seus colegas da Força Aérea e da Força de Autodefesa da Coreia do Sul em “missões bilaterais sequenciadas” na segunda-feira (6).
Primeiro, os B-1B voaram no espaço aéreo japonês, onde caças F-2 da força aérea de autodefesa se juntaram a eles, e então sobrevoaram a Península Coreana, onde caças sul-coreanos F-15 também se uniram, disseram as Forças Aéreas Pacíficas dos EUA em uma declaração. Os B-1B então, executaram um sobrevoo pela gama Pilsung antes de deixar o espaço aéreo sul-coreano e retornar a Guam.
Trump disse que se a Coreia do Norte voltar a ameaçar os EUA será brindada com “fogo e fúria como o mundo nunca viu”
O plano do Norte de atacar Guam emergiu após o presidente americano Donald Trump ter dito na terça que se a Coreia do Norte voltar a ameaçar os EUA será brindada com “fogo e fúria como o mundo nunca viu”.
O Ministério da Defesa do Japão disse em seu relatório anual do livro branco na terça-feira que Pyongyang teve um “avanço significante” em seu desenvolvimento de armas, citando sua “possível” habilidade de desenvolver ogivas nucleares miniaturizadas.
O Pentágono se recusou a fazer comentários sobre as últimas notícias, mas reiterou que os EUA estavam comprometidos a defender a Coreia do Sul e o Japão e que buscaram “somente a desnuclearização pacífica da Península Coreana”.
A Coreia do Norte realizou o teste de seu segundo míssil balístico intercontinental (ICBM) em menos de 1 mês no dia 28 de julho, com especialistas concluindo que o lançamento foi mais alto e mais longe que o primeiro e que agora pode atingir uma ampla área dos EUA, incluindo Chicago e Los Angeles.
Fonte: Japan Times Imagem: Wikimedia