“Quero ver neve” era o desejo da tailandesa Wanwisa Jai Jun (28), funcionária de empresa relacionada com companhias japonesas. Em janeiro deste ano, Wanwisa conseguiu realizar seu sonho quando pisou na terra do sol nascente em viagem com outros três amigos, informou o jornal Asahi no domingo (20). A tailandesa visitou as estações de esqui de Niigata, o Monte Fuji e outras áreas geladas do Japão.
Contudo, em 20 do mesmo mês, data prevista para sua volta, Wanwisa desmaiou nas ruas de Tóquio quando estava indo para a estação de Ueno.
“Ela estava inconsciente e apenas sua boca mexia”, informou Daisuke Yamamoto (47), bombeiro de corpo de bombeiros de Saitama, que por coincidência estava passando pelo local. Yamamoto realizou massagens cardíacas e respiração boca a boca com a ajuda de um amigo de Wanwisa. Instantes depois, ela foi transportada de ambulância para o Hospital da Universidade Odontológica e Médica de Tóquio.
“Os vasos sanguíneos ficaram entupidos, e o músculo do coração estava quase morrendo. Era uma situação extremamente perigosa”, disse Keiji Oi (48), cirurgião cardiovascular encarregado pelo tratamento da paciente. Wanwisa apresentava os sintomas de “insuficiência cardíaca isquêmica”, que danifica o envio de sangue para os órgãos de todo o corpo, e “taquicardia ventricular”, batimentos cardíacos irregulares.
Durante o período de 10 dias, o médico Oi realizou 5 tratamentos cirúrgicos na paciente. Aproximadamente um mês depois, em meados de fevereiro, Wanwisa recuperou a consciência e continuou o tratamento no hospital.
Entretanto, os custos de tratamento chegaram a aproximadamente ¥18 milhões. A paciente não estava inscrita no seguro de viagem. Um amigo de Wanwisa iniciou uma campanha de doação na Tailândia e mais de 500 pessoas ajudaram a causa. Contudo, o valor arrecadado foi de aproximadamente ¥1.5 milhão. A Embaixada da Tailândia pagou aproximadamente ¥8 milhões, mas a dívida continua enorme.
Segundo a Embaixada da Tailândia, o seguro para turistas tailandeses cobre aproximadamente 10%.
Winwisa retornou à Tailândia em abril e voltou a trabalhar na cidade de Chiang Mai. “Agradeço de todo coração a todos os japoneses que salvaram minha vida e à tecnologia médica. Mesmo que demore toda minha vida, vou pagar as despesas de tratamento aos poucos.”
Fonte: Asahi Shimbun
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