Aziza Yousef dirige um carro na Arábia Saudita em campanha para desafiar a proibição das mulheres no volante ( AP Photo/Hasan Jamali)
O rei Salman da Arábia Saudita promulgou uma ordem real que determinava a aprovação da condução de veículos por mulheres no dia 26 deste mês. A Arábia Saudita era o único país do mundo onde as mulheres eram proibidas de dirigir. A lei entrará em vigor em junho de 2018.
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De acordo com o anúncio realizado pela televisão estatal, a decisão foi apoiada pelo conselho composto por clérigos islâmicos. O decreto do rei afirmava que a aprovação da condução para mulheres “obedece aos critérios da Sharia”.
Segundo os preceitos do islamismo, as mulheres são consideradas “seres fracos” que necessitam de proteção. Viajar, trabalhar e casar necessitam da aprovação do pai ou do marido. A ordem real não esclareceu se será necessária a aprovação do pai ou do marido para as mulheres tirarem a carta de motorista. De acordo com a televisão estatal, o comitê de julgamento, composto por diversos ministérios, irá apresentar relatórios dos impactos da liberação na sociedade em 30 deste mês.
A Arábia Saudita era alvo de críticas por causa da proibição de direção para mulheres, que era considerada o símbolo da antidemocracia do país. O governo da Arábia Saudita pretende trabalhar na revolução da expansão de empregos para mulheres. Contudo, a infraestrutura do transporte público está atrasada e era extremamente complicado para as mulheres irem ao local de trabalho, já que não podiam dirigir.
“Um grande passo para o caminho correto”, diz Departamento de Estado dos EUA
O Departamento de Estado dos EUA comentou oficialmente que essa decisão é “um grande passo para o caminho certo”. A ativista da Arábia Saudita Manal Alsharif publicou em seu Twitter: “(A Arábia Saudita) Era o último país do mundo a aceitar a condução por mulheres.”
Fonte: Toyokeizai