A Polícia Federal prendeu no dia 5 o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) Carlos Nuzman, de 75 anos. O diligente cumpria a função de presidente do COB desde 1995. Nuzman é acusado de compra de votos para a escolha da cidade Rio como sede das Olimpíadas de 2016.
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As autoridades anunciaram que Nuzman havia intermediado um caso de suborno e compra de votos equivalente a US$2 milhões. Antes da reunião geral do Comitê Olímpico Internacional (COI) de 2009, em que foram decididos os convites ao Rio, empresários influentes do Brasil depositaram US$2 milhões nas contas pessoal e da empresa do filho de Leonardo Gryner, senegalês, que ocupa uma das cadeiras do COI e possui direito de voto.
A Polícia Federal prendeu Nuzman e Gryner por suspeita de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. As autoridades descobriram e-mails trocados entre eles sobre a compra dos votos, e com as investigações posteriores, a suspeita era sólida o suficiente para que fossem presos no dia 5.
Segundo o Ministério Público, a prisão temporária (5 dias) foi emitida após Nuzman tentar ocultar seus bens no mês passado, após a polícia ter cumprido um mandado de busca em sua casa. Nuzman teria tentado ocultar dinheiro em espécie e 16 barras de ouro, todos em cofre na Suíça.
O advogado de Nuzman negou as suspeitas e declarou que ele é inocente.
Repercussão internacional
O caso foi destacado em diversas mídias internacionais. O noticiário da NHK, no Japão, publicou a notícia com o título: “Preso Presidente do Comitê Olímpico Brasileiro por suposta participação em compras de votos para o Rio”, em tradução livre.
O jornal britânico The Guardian anunciou sua prisão como parte das investigações da operação “Unfair Play” (Jogo sujo, em português), uma vertente do Lava Jato. A BBC News, o diário esportivo As e o Channel NewsAsia também publicaram a notícia da prisão de Nuzman.
Fonte: NHK News e Globo