O romancista Kazuo Ishiguro, de 62 anos, foi o laureado pelo Nobel de Literatura de 2017. Ishiguro nasceu em 1954 em Nagasaki, e aos 5 anos de idade mudou-se com seus pais, ambos japoneses, para a Inglaterra, onde adquiriu a nacionalidade britânica.
Ishiguro é conhecido na Inglaterra por seu romance “Os vestígios do dia”, publicado em 1989, que se passa em uma mansão nos campos da Inglaterra pós-segunda guerra e conta a história de um mordomo dessa mansão. Ishiguro recebeu o Prêmio Man Booker, o maior prêmio literário da Inglaterra e um dos mais importantes do mundo, pela obra.
Em 2005, Ishiguro publicou a ficção “Não me abandone jamais”, que conta a história de pessoas criadas para serem doadoras de órgãos de pacientes enquanto vivem um triângulo amoroso. O filme ganhou uma adaptação cinematográfica em 2010 de mesmo título.
“As obras de Ishiguro transmitem uma forte emoção e deixa clara a escuridão escondida na ilusão de estarmos conectados com o mundo.”, disse a Acadêmia Suíça de Ciências.
Inúmeras novelas brilhantes
Ishiguro publicou diversas novelas extremamente bem avaliadas em inglês.
Sua primeira obra, “Uma pálida visão dos montes”, lançada em 1982, narra a história de uma mulher que vive na cidade de Nagasaki após a Guerra Fria.
Cinco anos depois, Ishiguro publicou sua segunda obra, “Um artista do mundo flutuante”, que retrata detalhadamente a vida cheia de dúvidas de um pintor japonês que, após a rendição do Japão na segunda guerra, mudou completamente sua visão de mundo
Em 1986, “Os vestígios do dia”, considera sua obra-prima e magnus opus, conta a história de Stevens, um mordomo que retrata sua vida em um diário até o presente. A obra ganhou o “Prêmio Man Booker”, a premiação mais respeitada da Inglaterra.
Ishiguro publicou a ficção “Não me abandone jamais” em 2005. A história de três jovens que vivem um triângulo amoroso, mas são espécimes para doação de órgãos que ganhou um filme com críticas favoráveis em 2010.
No ano retrasado, a viagem à Inglaterra de um casal de idosos foi retratada em “O Gigante Enterrado”.
“Achei que era uma brincadeira”
Kazuo Ishiguro recebeu a grande notícia com certa repulsa, conforme relatou para a BBC. “Achei que era uma brincadeira de mal gosto”, conta. “É uma enorme honra ter meu nome junto ao de grandes pioneiros que ganharam o Prêmio Nobel da Literatura até agora.”, relata Ishiguro.
Fonte: NHK News Imagem: Toyokeizai