FamilyMart vai analisar se deve continuar com funcionamento 24 horas das lojas

Problemas com mão de obra e despesas fazem com que a rede FamilyMart analise se deve ou não continuar com funcionamento 24 horas.

A grande rede de lojas de conveniência (combini) FamilyMart iniciou um processo de análises de revisão do funcionamento 24 horas. A empresa divulgou que passará por uma fase experimental inicialmente para decidir se deve ou não continuar com o serviço.

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Dentre as 17.800 lojas de conveniência da rede, apenas 5% não funcionam 24 horas. Contudo, por causa do aumento acentuado das despesas com recursos humanos decorrentes da falta de mão de obra, as franquias estão com dificuldades severas na administração. Para estudar detalhadamente a revisão do funcionamento, a rede fechará as lojas nos horários com menos movimento durante a fase de testes.

A falta de mão de obra foi causa de redução do sistema de funcionamento 24 horas na indústria de serviços alimentícios. Como o modelo de negócios parte da premissa do funcionamento 24 horas e dependem do horário noturno para recebimento de produtos, as grandes redes nunca reduziram definitivamente o horário de funcionamento. O medo de estar em desvantagem em relação às redes rivais também era um fator decisivo.

A rede Lawson, em parceria com a FamilyMart, havia diminuído o funcionamento de algumas lojas pelo mesmo propósito no passado. Porém, a rede retrocedeu os planos porque “as vendas caíram”, explicou.

A FamilyMart analisará cuidadosamente os impactos gerados pela medida antes de tomar a decisão final.

“Se vender apenas um manjú, a sede estará no azul”

No caso das grandes redes, a sede recebe uma determinada porcentagem do lucro bruto (vendas menos valor dos produtos) em forma de royalties (taxa de instrução de gerenciamento) das lojas conveniadas ou franquias. Em outras palavras, caso as lojas estiverem vendendo os produtos, não importa quanto as despesas com recursos humanos aumentem pois, em princípio, não afetarão os lucros finais.

“Mesmo se houver valores exorbitantes decorrentes de despesas no horário noturno, a sede estará no azul se conseguir vender apenas um manjú”, explica o Nikkei Business.

Por essa razão, as sedes das franquias continuam inseguras com a revisão do funcionamento 24 horas e com as mudanças da situação social interna devido ao aumento das despesas e dificuldade na contratação de funcionários para o turno noturno, já que estão intimamente ligadas com a redução das vendas da loja (que também afetará na queda dos royalties).

Em meados de outubro, Kazuki Furuya, presidente da Seven Eleven Japan, cedeu uma entrevista ao Nikkei Business. Segundo Furuya, “as vendas das lojas em geral cairão em 30% caso, hipoteticamente, as lojas funcionarem das 7h as 23h.”

“Nunca houve a discussão (da revisão do funcionamento 24 horas) dentro da empresa. Também não ouvi nenhuma reclamação das franquias”, enfatizou Furuya.

Sadanobu Takemasu, presidente da Lawson, também mostrou uma posição firme em manter o sistema atual em entrevista em meados do mesmo mês. “Se apenas a Lawson parar de funcionar 24 horas, os clientes irão migrar para as outras redes”, disse o presidente.

Fonte: Mainichi Shimbun e Nikkei Business

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Empresa oferece 6 dias de férias remuneradas para aqueles que não fumam

Publicado em 1 de novembro de 2017, em Saúde, Bem-Estar e Cotidiano

Para reduzir o sentimento de desigualdade, empresa no Japão testa o sistema em meio à insatisfação dos que não fumam com os intervalos tirados pelos adeptos ao cigarro.

A ideia veio de uma opinião deixada na caixa de sugestão da empresa em julho: “intervalos para fumar são um problema” (imagem ilustrativa)

Seis dias de férias remuneradas para não fumantes. Uma empresa de marketing com sede em Tóquio está testando o sistema em meio à insatisfação daqueles que não fumam com os intervalos tirados pelos seus colegas adeptos ao cigarro”, face às tendências de reforma no estilo de trabalho a nível nacional.

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A ideia surgiu a partir de uma opinião deixada na caixa de sugestão da empresa

O sistema foi introduzido pela Piala Inc., que tem cerca de 120 funcionários, em setembro deste ano. A ideia veio de uma opinião deixada na caixa de sugestão da empresa em julho: “intervalos para fumar são um problema”.

A Piala fica no 29º andar de um prédio de escritórios no distrito de Shibuya e não há salas para fumantes. Aqueles que fumam precisam descer até o primeiro subsolo e a empresa teria reportado perdas de 10 a 15 minutos de tempo de trabalho cada vez que um funcionário se ausentava de seu posto.

Além disso, 35% dos funcionários fumam, aumentando facilmente a insatisfação entre os que não são adeptos ao cigarro.

O logo para o sistema ‘sumokyu’ introduzido pela Piala Inc. no Ebisu Garden Place Tower no distrito de Shibuya em Tóquio (Mainichi)

Por isso a Piala introduziu o sistema “sumokyu” (algo como feriado do não fumante) para oferecer até seis dias de férias remuneradas por ano àqueles que não fumam.

As condições para as férias são um relatório de autoavaliação que um funcionário não fumou dentro do último ano e, desde 26 de outubro, 31 trabalhadores receberam o período de férias.

Desde o dia em que o sistema foi introduzido, quatro funcionários também pararam de fumar.

O objetivo do sistema não é uma pressão para funcionários deixarem de fumar

A medida não é vista como uma pressão para funcionários deixarem de fumar, contudo, ao invés disso, foi bem recebido pelos fumantes como um sistema que premia os que não fumam.

Koki Ichimura, de 25 anos, desce para fumar de três a quatro vezes por dia, que leva em torno de 10 minutos cada vez, ida e volta.

“Há vezes em que conversamos com superiores e decidimos coisas, então a sala para fumantes é eficaz para negócios. Contudo, principalmente quando eu estava no meu primeiro e segundo anos de trabalho na empresa, eu costumava ficar envergonhado e achava difícil sair para fumar”, disse ele. Acho que o sumokyu é um bom sistema para reduzir a desigualdade sentida por aqueles que não fumam”.

A medida é rara, diz advogado

“O sumokyu é um sistema novo”, disse o advogado Yoshio Isayama, autor de títulos como “Keneken o kangaeru” (Pensando sobre os direitos dos não fumantes, em tradução livre).

Enquanto muitas empresas consideram os intervalos para fumar um problema, é raro para qualquer uma oferecer férias remuneradas como a Piala.

“Para firmas com amplo número de fumantes, elas não estão olhando somente a perda de horas de trabalho, mas também a possibilidade de lidar com uma grande quantidade de funcionários pouco saudáveis com o passar do tempo”, disse Isayama. “Gostaria que mais pessoas entendessem o efeito que o fumo pode ter sobre a produtividade”.

Fonte: Mainichi
Imagem: Mainichi, Bank Image

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