Segundo especialistas, está mais evidente as diferenças nas estratégias de preços dos restaurantes e lojas de varejo (supermercados). Enquanto os restaurantes decidem elevar o preço do menu por causa do aumento acentuado das despesas com ingredientes e recursos humanos, as grandes redes de supermercados optam pelo caminho contrário. A competição pela carteira e apetite dos clientes está ficando ainda mais acirrada.
Segundo um relatório do índice de preços no consumidor do MIC- Ministério dos Assuntos Internos e Comunicação anunciado em 27 de outubro, o custo do menu de vários restaurantes sofreram aumento em setembro (excluindo os alimentos frescos).
A rede de lámen Hidakaya, administrada pelo grupo Hiday Hidaka, aumentou o valor de 15 itens do menu em todas as lojas afiliadas desde setembro. O prato com 6 gyoza que custava ¥210 agora custa ¥220, e um copo de chope foi de ¥310 para ¥330.
A Torikizoku, uma das maiores redes de bares do Japão, aumentou para ¥298 o menu tradicional de ¥280, que surgiu em 1989. O grupo Skylark, responsável por diversos family restaurants, elevou o valor de alguns pratos do menu do “Gusto” e “Bamiyan” por causa do crescimento das despesas com recursos humanos a partir de outubro.
O restaurante Tonkatsu Hamakatsu, dirigido pela corporação Ringer Hut, acrescentará de ¥50 a ¥200 nas refeições no oeste do Japão, e de ¥200 a ¥500 o menu de takeout (levar para casa) em todo o território nacional. “Convencionalmente não recebíamos o valor dos recipientes para takeout, mas ficou impossível mantê-lo (pelo mesmo preço) após a carne de frango e camarão terem ficado mais caras”, explica a rede.
Contudo, em meio a essa situação, as redes de supermercados optaram pela redução dos custos. “Iremos utilizar plenamente a força da líder mundial Wallmart, que é a companhia subsidiária, e buscar por preços baratos com grandes abastecimentos”, informou o grupo Seiyu, que vem realizando campanhas de queda nos montantes todos os meses desde agosto.
Em outubro, o grupo reduziu os valores de 1.373 itens. Segundo o Seiyu, a clientela aumentou e o grupo obteve 10% a mais de lucro em relação ao mesmo período do ano passado.
O AEON também promoveu cortes expressivos das quantias. Em agosto deste ano, a rede diminuiu na média de 10% os valores de 114 itens de produtos próprios da marca. Em apenas 5 anos, a rede expandiu imensamente o número de supermercados afiliados. “Como o número de lojas aumentou (em aproximadamente 1100), tivemos que utilizar a escala de méritos”, divulgou a Aeon Retail.
A distribuição das fábricas por região para diminuir as despesas com logística também foi impactante.
Fonte: Mainichi Shimbun