Desde o último dia 21 de outubro, quando teve início a campanha de prevenção contra a febre amarela na zona norte da cidade de São Paulo, 14 pessoas apresentaram os sintomas característicos da doença que incluem febre, dor no corpo e, em alguns casos, diarreia. No entanto, do total de casos suspeitos, quatro já foram descartados e dez estão sob investigação.
Em entrevista à Agência Brasil, a coordenadora do Núcleo de Doenças Transmissíveis por Vetores e Outras Zoonoses, Vivian Ailt, esclareceu que apenas uma dessas pessoas em observação está internada e trata-se um paciente vindo da África, que já teria chegado ao país com os sintomas.
Ela explicou que, no momento, são aguardados os resultado dos testes laboratoriais. O diagnóstico é feito por meio da coleta de sangue e o material é encaminhado para o Instituto Adolfo Lutz. Para certificar a presença do vírus são realizados exames moleculares e sorologia. O prazo para análise é de dez dias.
Macacos
Apesar de ter sido intensificada a vacinação na zona norte, após a morte de três macacos com a presença do vírus confirmada, não houve nenhum caso de transmissão em toda a cidade neste ano, segundo Ailt. Ela afirmou que as 12 notificações, registradas no começo deste ano, eram todas de pessoas que adquiriram o vírus fora da cidade (11 em Minas Gerais e um em Monte Alegre do Sul, no interior paulista).
Campanha ampliada
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que a partir de quarta-feira (8) ampliaria, gradativamente, o número de Unidades Básicas de Saúde (UBS), onde a população poderá se vacinar contra a doença.
O secretário municipal de saúde, Wilson Pollara, pediu apoio da população para ajudar na eliminação dos vetores. “Estamos trabalhando em diversas frentes para evitar os casos autóctones (quando a doença é adquirida dentro do município).
Para isso, além da vacinação, é fundamental combater o vetor com ações nos criadouros”. Ele recomenda que a população deve se manter em alerta evitando o acúmulo de água parada e de ambientes que possam favorecer o desenvolvimento das larvas desses insetos que além da febre amarela, transmitem a dengue, zika e febre chikungunya.
Via Agência Brasil