Com um número recorde de barcos de madeira da Coreia do Norte à deriva em águas japonesas neste ano, governos locais estão encontrando dificuldades em lidar com o crescente número de corpos de pescadores e eliminar as embarcações.
O número de tais embarcações que foi encontrado à deriva no Mar do Japão (East Sea), que separa o arquipélago japonês da península coreana, ou foram carregados pelas ondas até a costa japonesa, situou-se a 89 desde o dia 15 de dezembro, chegando ao maior número anual desde 2013, quando dados comparativos foram disponibilizados, de acordo com a Guarda Costeira do Japão. Corpos encontrados dentro ou perto dos barcos totalizaram 25.
Normalmente, barcos desertados de proprietários desconhecidos são desmantelados e corpos sem identificação são cremados.
Contudo, alguns governos locais mantêm as cinzas em consideração a potenciais futuras solicitações pelos seus retornos. O lado norte-coreano já apresentou tal pedido.
O governo da cidade de Oga (Akita) manteve as cinzas com informações relacionadas, incluindo o número do barco em que oito corpos foram encontrados, para que possa devolvê-las à Coreia do Norte no futuro.
No caso dos oito corpos, uma solicitação para devolução dos restos mortais veio da Coreia do Norte através da Sociedade Japonesa da Cruz Vermelha em 6 de dezembro. O governo planeja atender ao pedido.
O governo de Tsuruoka (Yamagata) também lida com tais restos mortais, tendo em mente a futura devolução deles.
Cinco corpos foram encontrados em uma praia na cidade entre 4 e 8 de dezembro. Dois deles tinham broches caracterizando a imagem de Kim Il Sung, o fundador da Coreia do Norte.
O governo de Tsuruoka não conseguiu confirmar suas identidades ou nacionalidades, mas planeja manter as cinzas junto aos broches.
Muitos municípios eliminam os barcos de madeira como detritos marinhos.
O governo da província de Yamagata em 14 de dezembro desmantelou um barco de madeira que apareceu na costa de uma praia em Tsuruoka em 21 de novembro.
O custo de eliminação do barco poderá ser de 700 mil ienes. Quase 80% do valor será coberto por subsídios do ministério do meio ambiente.
Fonte: Japan Times, Jiji Imagem: News 24