O trabalho de reparo das 1001 estátuas das deusas da misericórdia (Kannon) do famoso templo Sanjusangendo foi concluído depois de quase meio século (vídeo).
Uma das estátuas reparadas sendo reposicionada (Asahi)
O famoso templo Sanjusangendo como é conhecido, mas com o nome original de Rengeo-in, abriga nas suas 30 baias (daí o nome Sanjusangendo) mil estátuas das deusas da misericórdia – Kannon – enfileiradas. Elas acolhem os visitantes ao longo de um corredor de 120 metros de comprimento.
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Além das mil estátuas, cada uma com expressão diferente, tem a principal com quase 1,80 metro de altura. Ela tem 11 faces e mil braços, simbolizados pelos 40, na verdade. Cada um representa 25 braços.
Na manhã desta sexta-feira (22) as últimas 9 estátuas que faltavam ser entregues foram devolvidas ao templo, situado em Quioto (província homônima).
Todas as estátuas foram feitas entre os períodos Heian e Kamakura, portanto, antes do ano 1000.
Como há obras do Tesouro Nacional e pela beleza do templo, além do valor histórico e religioso, recebe anualmente mais de um milhão de visitantes.
Assim, fibras dos vestuários e poeira se acumulam nas estátuas das deusas. Além disso, o folheado de ouro também sofre desgaste. Sem a camada de ouro, as estátuas ficam vulneráveis a lesões.
Desde 1973 cerca de 50 estátuas são levadas anualmente para a Oficina de Reparo dos Tesouros Nacionais Artísticos, na mesma cidade, em Quioto. Lá recebem a remoção da poeira e das fibras de tecido, além do reparo do folheado a ouro.
As últimas estátuas da deusa da misericórdia, Kannon, sendo devolvidas devidamente reparadas (Asahi)
Quanto custou o reparo
Foram investidos cerca de 920 milhões de ienes no reparo, ao longo dos quase 45 anos. Cerca de 60% dessa verba é proveniente do subsídio governamental. Segundo informação obtida pelo jornal Asahi, esse trabalho de reparo foi o mais longo da história, de acordo com a Agência de Assuntos Culturais.
Sanjusangendo – Rengeo-in
Se ainda nunca visitou o famoso templo, fica a dica para o seu próximo passeio em Quioto. No seu interior não é permitido tirar fotos ou filmar, mas a contemplação é uma experiência magnífica, independente da religião.
Horário: 8h às 17h (no período de novembro a março, das 9h às 16h)
Ingressos: ¥600, ¥400 e ¥300, adultos, colegiais e crianças, respectivamente