O ministro japonês do meio ambiente negou uma afirmação de que o país tenha sido um foco de exportações ilegais de marfim, após um fiscalizador de comércio de animais selvagens ter pedido ao Japão que parasse de alimentar a prática internacionalmente proibida.
“Temos aumentado o gerenciamento de distribuição no mercado e tomado medidas necessárias”, disse o Ministro do Meio Ambiente, Masaharu Nakagawa, após um pedido feito pela organização que monitora o comércio de vida selvagem, o TRAFFIC, do grupo de conservação WWF, para encerrar o mercado.
Em um estudo divulgado em 20 de dezembro, o TRAFFIC disse que a ausência contínua de normas efetivas e cumprimento da lei tornam o Japão um mercado lucrativo para o contrabando organizado de marfim para a China.
Nakagawa tomou conhecimento de alguns casos em que chineses adquiriram marfim no Japão e levaram para o exterior, salientando, “Queremos monitorar de perto a situação e tomar medidas adicionais se os controles precisarem ser fortalecidos”. O comércio doméstico de marfim, usado para carimbos e acessórios, é legal no Japão.
O relatório do TRAFFIC revelou como as antiguidades e mercados turísticos do Japão estão auxiliando as exportações ilegais de marfim através de compras rotineiras por visitantes e comerciantes profissionais. Sua revisão de registros de apreensão mostrou que exportações ilegais de marfim do Japão totalizaram 2,42 toneladas entre 2011 e 2016.
Confrontadas pelas matanças em massa de elefantes, partidos para a Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies da Fauna e Flora Silvestres Ameaçadas de Extinção em sua resolução ano passado pediram o fechamento de mercados domésticos de marfim que contribuem para a caça ou comércio ilegal.
A China a maior consumidora de marfim do mundo, seguiu ao declarar o fechamento de seu mercado doméstico de marfim até o final de 2017. Contudo, o Japão insiste em manter seu mercado aberto, argumentando que a proposta não se aplica a ele.
Fonte: Japan Today, Kyodo Imagem: Bank Image