Ainda no inverno a preocupação da população japonesa é quando os pólens do cedro começarem a se espalhar. Na região Kanto, eles já aparecem desde o começo de fevereiro, enquanto em Tokai, lá pela segunda quinzena. São eles os vilões da polinose, mais conhecida como febre do feno em português, ou kafunsho em japonês.
Segundo a definição da ASBAI-Associação Brasileira de Alergia e Imunologia “a polinose, denominada genericamente febre de feno, é uma doença alérgica estacional devido à sensibilização por pólens alergizantes. Estes encontram-se no ar durante a época de polinização de determinadas plantas, produzindo rino-conjuntivite e/ou asma brônquica. Apesar do nome, não existe febre e o feno não é o responsável pelos sintomas. Existe sim, uma sensação de febre, simulando um desagradável estado gripal.”
Aumento de pacientes com polinose
Uma pesquisa realizada pelo governo de Tóquio constatou que 49% da população tem polinose, especialmente alérgicos ao pólen do cedro. A análise por faixa etária mostra o percentual vem subindo se comparado aos números de 10 anos atrás. Na faixa dos 15 aos 29 anos 62% sofrem com a alergia. Já na faixa dos 30 aos 44 anos mais da metade (57%) e dos 45 aos 59 anos, quase a metade (48%).
O Instituto de Pesquisa da Segurança na Saúde, situado em Tóquio, avalia que o aumento da polinose em pacientes jovens pode ter um indicador quando bebês. Com o aumento de crianças com alergia a determinados alimentos há possibilidade da tendência a desenvolverem polinose também.
Para a prevenção da polinose o governo metropolitano pretende cortar os pinheiros e fazer o reflorestamento com reposição de cedros com menos pólens.
Fonte: NHK Fotos: Running Street