O resultado de uma extensa pesquisa detectou que a probabilidade de desenvolvimento do câncer a longo prazo é 20% maior entre os homens sob estresse em relação aos que não são estressados.
A pesquisa de acompanhamento por 20 anos foi desenvolvida pelo Centro Nacional de Pesquisa do Câncer, com sede em Tóquio. O resultado foi divulgado para a imprensa na sexta-feira (19) e publicado na importante Scientific Reports de língua inglesa.
A longa pesquisa de acompanhamento foi aplicada em 10 centros de saúde do país, com público-alvo de 101.708 pessoas de ambos os sexos, na faixa dos 40 aos 69 anos. O número de homens pesquisados foi de 48% da população alvo. Analisou os pacientes que desenvolveram câncer nesse período de 20 anos e a relação da doença com o estresse, em 3 níveis – alto, médio e baixo.
Como resultado, 17.161 pessoas amargaram câncer durante a pesquisa de acompanhamento e, a longo prazo, quando o nível de estresse subjetivo é alto, o risco de morbidade aumenta para todos os tipos de câncer.
Estresse e câncer, relação não observada nas mulheres
Essa relação é mais intensa entre os homens. Além disso, olhando para os órgãos afetados, o risco aumenta quando o estresse subjetivo é alto, desenvolvendo câncer, especialmente, de fígado e próstata.
A influência dos hábitos de vida que se tornam um fator de risco de câncer, como fumar e beber, não pode ser descartada. O centro explica que “é necessário um exame mais aprofundado no futuro”.
Como resultado final, o grupo de homens com alto nível de estresse, tanto no início da pesquisa quanto 5 anos depois, observou-se que subiu para 19% a propensão ao câncer do que o grupo de homens que sentia pouco estresse.
No grupo das mulheres não foi observada essa relação do estresse com o câncer.
“Livrar-se do estresse pode ajudar na prevenção do câncer”, apontou a equipe de pesquisadores.
Fonte: divulgação Foto ilustrativa: PxHere