Japão: ano fiscal e letivo começam em abril. Por quê?

Em 1.º de abril se inicia o ano fiscal do governo, maioria das empresas e também o letivo, no Japão. Você quer saber os motivos? Então, leia aqui.

Calendário 2022 (Pixabay)

Se o Ano Novo inicia em 1.º de janeiro, o novo ano fiscal do governo, das empresas, dos novos contratados e o período letivo, começam em abril, no Japão.

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Esse calendário tem início lá atrás.

Para o governo a prestação de contas da entrada e saída de dinheiro começa em 1.º de abril e encerra em 31 de março do ano seguinte. Isso é chamado de ano fiscal.

O governo e muitas empresas, cerca de 70%, ainda seguem esse calendário, desde 1886, período Meiji. A história conta que desde 1868 até a fixação desse período, foram realizadas várias mudanças de data, mas não se sabe o motivo real.

O Japão era um país agrícola. Os agricultores faziam a colheita do arroz no outono, para trocar o resultado por dinheiro depois. Após a troca por moedas, eles precisavam pagar os impostos.

A maioria não conseguia fazer isso até o final do ano. Por isso, conta a história, que o ano fiscal foi mudado para iniciar em abril. Assim, todos os agricultores conseguiam pagar o que deviam para os cofres públicos até março.

Outra versão é que o país mais avançado economicamente, na época, era a Inglaterra que já praticava o início do ano fiscal em abril. Pode ser que o Japão tenha se inspirado nela.

Em 1962, o então Primeiro-Ministro Kakuei Tanaka tentou mudar para acertar com o calendário gregoriano mas não deu certo.

O fato é que poucos dias antes de primeiro de abril os novos contratados se vestem de ternos ou tailleurs pretos, camisas brancas, para participarem da cerimônia de ingresso na empresa. É o início da carreira profissional para milhares de jovens em todo país.

Ano letivo das escolas

Até o ano 10 do período Meiji as escolas começavam seu ano letivo em datas diferentes. Afinal, as crianças eram as grandes ajudantes do trabalho na lavoura.

Ano letivo para crianças e jovens, na primavera, assim como para os recém-formados para início da carreira nas empresas

Em 1886, por ordem do então Ministério da Educação, determinou que as escolas passassem a realizar a cerimônia de ingresso em abril. A partir daí as escolas mudaram o calendário para unificar a data de início das aulas. Levou tempo para isso ocorrer. Foi só entre 1926 a 1989 que se conseguiu o feito.

Para acompanhar o calendário das escolas de outros países do ocidente, o Japão já cogitou mudar o início do período letivo para setembro.

No entanto, essa cultura já está tão enraizada que o povo não consegue imaginar realizando formaturas em agosto, no auge do verão.

Os países vizinhos como a China e Coreia do Sul iniciam o ano fiscal do país e das empresas no primeiro dia do ano.

Já o ano letivo na China acompanha o da maioria dos países do ocidente, em setembro. Na Coreia do Sul começa em março.

Fontes: JpnCulture, Koyomi e Nikkei
Fotos: Wikimedia e Pixabay

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Publicado em 30 de março de 2018, em Comunidade

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A faixa etária que poderá se beneficiar desse novo visto para os nikkeis do mundo é de 18 a 30 anos.

Uma das condições para obter essa qualificação é ter conhecimento do idioma japonês básico, o equivalente ao nível 4 do teste de proficiência da língua japonesa. Além disso, que não tenha histórico de envolvimento em crime no país de origem e que tenha possibilidade de se empregar ao chegar no Japão.

Outras condições são de ter assegurada a quantia para o retorno ao país de origem e que se inscreva em algum plano de seguro de saúde.

Visto para yonsei

O status de residência será o de “atividades específicas” (特定活動, lê-se tokutei katsudo), o qual permite trabalhar no Japão. O visto será renovado anualmente e a permanência máxima será de 5 anos.

O novo sistema teve como referência o visto working holiday. Os nikkeis que serão qualificados para esse novo visto deverão receber apoio do empregador e dos familiares para estudar a língua japonesa. O objetivo do novo visto é para a formação de pontes entre as sociedades japonesa e nikkei. No entanto, há uma preocupação de que seja usado para assegurar mão de obra barata.

O governo estima receber cerca de 4 mil nikkeis brasileiros e peruanos.

Fontes: Chunichi e Sankei
Foto ilustrativa

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