Mulher na coletiva de imprensa prefere não mostrar o rosto e tampouco revelar o nome, explica sobre o seu trauma dos 77 dias amarrada (Asahi)
Uma mulher de 24 anos, de Tóquio, está processando um hospital onde ficou internada, onde foi amarrada e imobilizada por 77 dias. Ela está requerendo indenização de 10,56 milhões de ienes pelo transtorno psicológico que isso causou nela.
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Quando tinha 14 anos foi internada por causa de um distúrbio alimentar. Teria ficado 77 dias imobilizada, com os pulsos e tornozelos amarrados. “Na ocasião preferi ser morta do que passar por aquilo. Na época quis processar mas não podia porque era menor. Quero que parem com essa coisa terrível contra criança de 14 anos”, declarou a mulher na coletiva de imprensa.
Segundo seus advogados é incomum uma pessoa processar o hospital por ter sido imobilizada e privada da liberdade.
O começo dessa amarga história foi em 2008. Ela teria consultado um psiquiatra que a avaliou como portadora de um distúrbio alimentar e a internou, em maio.
Imobilizada por 77 dias
No quarto hospitalar ficou acamada, privada de falar ao telefone e de receber visitas. As necessidades – excreção – eram feitas somente na presença dos enfermeiros, na cama.
A paciente, na época, duvidando do tratamento retirou a agulha do soro. Por conta disso teria sido amarrada e imobilizada com uma corda à cama. Punhos, tornozelos e ombros foram amarrados.
Permaneceu 38 dias com os tornozelos amarrados e só foi totalmente libertada da imobilização depois de 77 dias.
Teve alta em novembro daquele ano. Como sonhava frequentemente que estava com os pulsos e tornozelos amarrados, consultou um outro hospital e foi diagnosticada com depressão.
Atualmente, com o estado emocional estável e casada, ela decidiu processar a instituição hospitalar.
Fontes: Asahi e ANN
Foto: Asahi