Inveja por causa do Instagram? Colegial comete suicídio

Uma colegial japonesa, de 17 anos, tirou a própria vida. Deixou uma carta de despedida apontado bullying. Teria sido por inveja.

Escola onde estudava a colegial de 17 anos que se suicidou. Bullying por inveja, de ter muitos seguidores no Insta, alegou (JNN)

O Conselho de Educação de Kumamoto lamenta a morte de uma estudante colegial do terceiro ano, japonesa, de 17 anos, do norte da província.

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Em 17 deste mês alegou mal-estar e foi embora mais cedo da escola. Mais tarde foi encontrada caída pela avó em sua casa, com uma carta de despedida. Encaminhada para o hospital, morreu no dia seguinte.

Segundo os familiares, na carta de despedida havia palavras que apontam para o bullying na escola. “Você devia morrer”, teriam dito os colegas, além de “isso não passa de um mal-entendido” e “quero morrer”.

A estudante teria se lamentado várias vezes com a família sobre a inveja dos colegas por ter muitos seguidores na sua conta do Instagram e mais amigos do sexo masculino.

A escola, por sua vez, afirma que não encontrou evidências de bullying.

Por outro lado, a família disse para o jornal Sankei que “a escola só repete que o caso está ‘sob investigação’ e não consigo me convencer da forma como se procede”.

Os pais estão solicitando ao Conselho de Educação do município para estabelecer um comitê de terceiros para investigar o caso da filha.

Fontes: Sankei e JNN 
Foto: JNN

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Crianças estrangeiras que precisam de orientação extra no idioma japonês

Publicado em 28 de maio de 2018, em Comunidade

É preocupante o número de crianças estrangeiras que precisam de orientação no idioma japonês para poderem continuar seus estudos.

Apoio das associações internacionais como a de Hyogo, à esq., e Yamato, à dir. para o ensino do idioma japonês

Com o aumento dos trabalhadores estrangeiros no Japão e consequentemente cresce o número de crianças que não têm domínio do idioma japonês. O número se elevou em 1,5 vez desde 2010.

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Segundo levantamento do jornal Yomiuri, atualmente são pelo menos 34 mil crianças estrangeiras. Dentre elas, há cerca de 10 mil, filhas de pais que se casaram com estrangeiros, têm cidadania japonesa, mas precisam de orientação para desenvolverem o idioma pátrio.

De acordo com o Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia as crianças estrangeiras não são alvo do ensino obrigatório. Mas, em conformidade com as convenções internacionais de direitos humanos se deve assegurar o direito ao ensino.

Receber a instrução do idioma japonês é imprescindível para se manter e prosseguir nos estudos. Ao privar as crianças e também os adultos do aprendizado do idioma, encontram dificuldades na convivência dentro da sociedade local. Isso leva-os ao isolamento.

Crianças e o multiculturalismo

O ministério informou que até 2026 pretende aumentar a taxa de docência, alocando 1 professor para cada grupo de 18 alunos estrangeiros que necessitam do ensino do idioma japonês. Dependendo do nível de proficiência do aluno, analisa a possibilidade de sala de aula especial, durante o horário escolar.

Os governos municipais não conseguem acompanhar o ritmo de crescimento da população de crianças estrangeiras. Não consegue assegurar professores suficientes para atender à demanda dos pequenos de outros países. A realidade é que as escolas estão tendo dificuldades para lidar com esse processo multicultural.

Atualmente somente 1 em cada 4 crianças que não compreendem o idioma japonês está recebendo orientação especial. Dependendo da região está ocorrendo diferenças na qualidade da educação.

Um exemplo é o de uma escola próxima a um conjunto habitacional grande, em Yokohama (Kanagawa). Metade dos alunos dessa escola primária são estrangeiros vindos de 10 países diferentes. Quando entra um aluno novo é direcionado para receber orientações à parte.

Os professores se empenham usando recursos visuais para facilitar a comunicação.

De acordo com o jornal Yomiuri a vinda de pequenos de outros países pode ser vista como oportunidade para as crianças japonesas desenvolverem o multiculturalismo.

Por outro lado, bom também para as crianças estrangeiras, que ao crescerem dominado dois idiomas e duas culturas, podem se tornar recursos humanos importantes para as empresas.

Fonte: Yomiuri 
Fotos: Yamato e Hyogo Intl. Center 

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