O preço da gasolina regular no Japão atingiu o nível mais alto em três anos e cinco meses, levando empresas em várias indústrias, desde lavanderia a companhias aéreas, a aumentarem suas taxas.
O preço médio nacional da gasolina regular chegou aos 151 ienes por litro em 28 de maio, alta de 1.9 iene ante a semana anterior e representando o sexto aumento consecutivo semanal, de acordo com um relatório divulgado pelo Centro de Informação do Petróleo no Instituto de Energia Econômica, Japão.
O preço foi cotado a 112 ienes em março de 2016.
Consumidores sentirão o aperto não somente no combustível
Vários fatores estão por trás do aumento do preço do petróleo bruto, incluindo a saída dos EUA do acordo nuclear com o Irã e o caos político e econômico na Venezuela, membro da OPEC (Organização dos Países Exportadores de Petróleo).
No Japão, os consumidores sentirão o aperto não somente no combustível, mas também em suas contas domésticas.
Em 30 de maio, a Tokyo Electric Power e outras cinco empresas líderes no setor disseram que vão aumentar as tarifas de eletricidade para julho. Um anúncio similar foi feito no mesmo dia por quatro grandes fornecedoras de gás.
A Hakuyosha, líder na indústria de lavagem e secagem roupas, elevará suas tarifas em 5% a partir de junho, o primeiro aumento em cerca de 11 anos.
Um representante da empresa com sede em Tóquio disse que o aumento é inevitável porque a unidade usa uma ampla variedade de produtos feitos à base de petróleo, incluindo detergentes e chapas de plástico que cobrem as roupas limpas.
A Japan Airlines e a All Nippon Airways estão determinadas a aumentar suas taxas de combustível em passagens internacionais vendidas em agosto e setembro.
O tamanho do aumento ainda não foi decidido. Contudo, de acordo com práticas passadas, a sobretaxa de uma passagem só de ida poderia ser 2.500 ienes a mais se comparada com junho e julho. Para uma passagem só de ida para a Europa e América do Norte, os viajantes poderão pagar 3.500 ienes a mais.
Os preços do petróleo bruto começaram a subir após as nações da OPEC terem começado a reduzir a produção em conjunto com outros países que não são membros, como a Rússia, em janeiro de 2017, para manter a rédea no fornecimento além da conta que havia debilitado os preços.
O aumento de preços foi ainda mais estimulado por temores de uma escassez no fornecimento do Irã após a administração de Trump, no início de maio, ter se retirado do acordo nuclear e dito que retomaria as sanções contra o país no Oriente Médio.
Fonte: Asahi Imagem: banco de imagens