O líder norte-coreano Kim Jong-un tomou uma decisão consciente para desnuclearizar, em uma tentativa de melhorar a relação do país com os EUA e estimular o desenvolvimento econômico, disse ao jornal Mainichi uma fonte próxima à liderança de Pyongyang.
A decisão de se livrar das armas nucleares, criadas após décadas de desenvolvimento, ocorreu com a percepção de Kim que o arsenal é inutilizável, mas especifica um custo muito alto nos cofres estatais da Coreia do Norte, enquanto o país é forçado a enfrentar as sanções internacionais, explicaram as fontes.
“Agora, o querido respeitado Marshal (Kim Jong-un) tomou a decisão drástica de mudar de atitude em torno da relação com os EUA e reconstruir a economia”, disse a fonte. Kim se encontrará com o presidente Donald Trump em Singapura no dia 12 de junho para discutir o desarmamento nuclear da península coreana.
A reviravolta de Kim sobre desenvolvimento nuclear estava, talvez, por trás de uma surpresa observação do embaixador Hang Tae Song da Coreia do Norte à sede europeia das Nações Unidas em Geneva no dia 15 de maio.
“A descontinuação de testes nucleares é um processo importante para o desarmamento global, e a Coreia do Norte se juntará ao desejo internacional e esforços para uma total interrupção de testes nucleares”, disse Hang. Essa declaração implicou que Pyongyang está disposta a ratificar o Tratado de Proibição de Teste Nuclear, o qual proíbe signatários de conduzir testes nucleares de qualquer tipo.
Entretanto, especialistas de não proliferação nuclear recomendam cautela. Eles salientam que o embaixador se referiu a somente “desarmamento” e não afirmou claramente que as armas nucleares seriam eliminadas.
Muitos especialistas estão céticos sobre as reais intenções da Coreia do Norte. Armas nucleares são o único poder real do país para ter garantia de segurança dos EUA, a qual o regime de Kim está motivado a conseguir.
Fonte: Mainichi Imagem: Banco de imagens