A taxa de desemprego no Japão subiu em junho, mas continuou perto do nível mais baixo em um quarto de século enquanto o país enfrenta uma severa escassez de mão de obra, mostraram dados do governo na terça-feira (31).
De acordo com o Ministério de Assuntos Internos e Comunicações, a taxa nacional de desemprego situou-se a 2,4%, alta dos 2,2% do mês anterior, devido a um aumento do número de pessoas que deixou seus trabalhos para encontrar outro melhor.
Do número ajustado sazonalmente de 1,66 milhão de pessoas que estavam desempregadas, 700 mil deixaram seus empregos voluntariamente, enquanto 430 mil foram involuntariamente e 360 mil eram pessoas buscando novos postos de trabalho.
Dados separados do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar mostraram que a disponibilidade de trabalho teve uma nova alta em 44 anos. A proporção de empregos para aqueles em busca de um situou-se a 1.62, alta de 1.60 em maio. O índice significa que 162 vagas estavam disponíveis para cada 100 candidatos.
Na semana passada, o primeiro-ministro Shinzo Abe anunciou planos para aceitar mais trabalhadores do exterior, com início em abril do ano que vem, ao criar uma nova categoria de visto, uma medida que visa fornecer mão de obra a indústrias como hotéis e agricultura.
O Banco do Japão espera que as condições de mercado de trabalho apertado se traduzam em salários maiores e aumentem os gastos do consumidor e a inflação na direção de sua meta de 2%, embora o progresso tenha estado lento nessa frente.
A contar de junho, o Japão tinha 66.32 milhões de trabalhadores em uma base ajustada sazonalmente, 410 mil, ou 0,6% menos em comparação ao mês anterior. A taxa de desemprego para homens foi de 2,6% enquanto aquela para mulheres situou-se a 2,2%.
Fonte: Mainichi Banco de imagens