Parece óbvio ter pães à mesa no Japão. Mas isso se deve a um francês, Phillippe Camille Alphonse Bigot. Ele foi o maior propagador dos pães artesanais no arquipélago, desde a década de 60.
Bigot, conhecido como deus dos pães franceses morreu aos 76 anos, em decorrência de uma insuficiência cardíaca, na segunda-feira (17).
Nascido no sul da França, em Sarthe, começou a fazer pães aos 15 anos. Aos 22 anos, em 1965, veio ao Japão pela primeira vez, convidado pela panificadora Donke, de Kobe (Hyogo). Sua estada foi para ensinar aos funcionários como se faz pães.
Depois de repassar todo seu conhecimento decidiu abrir seu próprio estabelecimento em 1972, chamado de Bigot, em Ashiya (Hyogo).
Ao mesmo tempo em que foi expandindo novas lojas de pães em Hyogo, era convidado das escolas para ensinar a arte de fazer pães. Assim ganhou o apelido que marcou sua trajetória no Japão.
Em 2003, o governo francês lhe concedeu a L’ordre national de la légion d’honneur (Ordem Nacional da Legião de Honra). Essa condecoração honorífica é limitadíssima e só recebe quem confere mérito ao país.
O governo japonês também lhe concedeu o título de Gendai no Meiko, um prêmio pela contribuição às obras-primas modernas. O motivo foi a sua contribuição para a propagação dos pães franceses no Japão.
Fontes: Sankei e Yomiuri
Fotos: Sankei e Mainichi