Forte tufão Trami causa estragos no Japão

O tufão Trami passou pelo arquipélago principal do Japão de domingo para a segunda-feira, deixando pelo menos 2 mortos e cerca de 100 outros feridos.

Veículo tombado por causa da forte ventania (NHK)

O forte tufão Trami passou pelo arquipélago principal do Japão de domingo para a segunda-feira, deixando pelo menos dois mortos e cerca de 100 outros feridos.

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O Trami, o 24º tufão da temporada, passou pelo norte do Japão para chegar ao Pacífico na manhã desta segunda-feira (1º) depois de tocar o solo no oeste do Japão na noite anterior e atingir partes do leste e norte de Honshu, informou a AMJ- Agência de Meteorologia do Japão.

O tufão forçou operadores de transporte público a interromperem seus serviços na manhã de domingo nas áreas central, leste e oeste do Japão. A retomada das operações na capital Tóquio sofreu atraso nesta manhã para verificações de segurança.

De acordo com um cálculo realizado pela agência de notícias Kyodo nas províncias, um motorista de caminhão de 50 anos morreu em um deslizamento em Tottori. Em Yamanashi, um homem foi encontrado morto em um rio e em Miyazaki uma mulher de aproximadamente 60 anos desapareceu após ser arrastada em um canal de irrigação.

Transporte público afetado

A East Japan Railway Co interrompeu todos os seus serviços de trem na área metropolitana de Tóquio por volta das 20h de domingo.

A Central Japan Railway interrompeu as operações de todos os seus trens-bala na linha Tokaido Shinkansen entre Tóquio e Shin-Osaka após as 17h de domingo. Os serviços foram retomados por volta das 7h30 desta segunda-feira.

Os serviços de trem-bala entre Shin-Osaka e Hiroshima, assim como serviços ferroviários no oeste do Japão, também foram interrompidos.

O Aeroporto Internacional de Kansai, em Osaka, que ficou temporariamente paralisado por causa dos estragos causados por um tufão no início de setembro, foi fechado no domingo e será reaberto nesta segunda-feira.

A JAL- Japan Airlines e ANA- All Nippon Airways planejam cancelar mais de 180 voos nesta segunda-feira, visto que o grande número de cancelamentos de viagens aéreas no dia anterior dificultou para as empresas aéreas arranjarem aeronaves.

Cortes de energia

O tufão também causou corte de energia em cerca de 450 mil residências em Tóquio e províncias vizinhas desde as primeiras horas da manhã desta segunda-feira.

Nas províncias de Aichi, Gifu e Mie são 96 mil pontos de apagão. No Aeroporto Chubu Centrair, na província de Aichi, foram registrados ventos de 40m/s.

Desde as 8h desta segunda-feira, o Trami estava seguindo na direção norte, a cerca de 120Km o Cabo Erimo, na província de Hokkaido, a uma velocidade de 95Km com pressão atmosférica de 970 hPa em seu centro, com rajadas de até 180Km/h, de acordo com a AMJ.

Série de tufões no Japão neste ano

O Japão vem sendo atingido por uma série de tufões neste ano, incluindo o Prapiroon em julho, que trouxe fortes chuvas as quais causaram inundações deslizamentos no oeste do Japão.

Em 4 de setembro, o tufão Jebi inundou uma pista no aeroporto de Kansai, construído em uma ilha artificial, fazendo com que um navio-tanque atingisse e danificasse a ponte que conecta o conecta à ilha principal, isolando milhares de pessoas no complexo aeroportuário em um ponto.

Fonte: Mainichi
Imagem: NHK

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Proprietária da Godiva explora venda de seu negócio no Japão

Publicado em 1 de outubro de 2018, em Sociedade

A Yildiz Holding está explorando a venda do negócio japonês de chocolate Godiva em uma transação que poderia chegar a 1,5 bilhão de dólares.

A Godiva vende seu chocolate de luxo através de centenas de butiques em mais de 80 países (imagem ilustrativa)

Segundo a matéria da agência Reuters, a Yildiz Holding está explorando a venda do negócio japonês de chocolate Godiva em uma transação que poderia chegar a 1,5 bilhão de dólares, de acordo com duas fontes familiares ao assunto, permitindo potencialmente que a empresa pague dívidas e invista em outros lugares.

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O negócio japonês da Godiva tem lucro de aproximadamente 350 milhões de dólares ao ano e é provável que atraia empresas ou investidores com experiência no Japão, um mercado inconstante com uma população em envelhecimento, disse uma das fontes.

A Godiva vende seu chocolate de luxo através de centenas de butiques em mais de 80 países, assim como por atacado através de outras lojas. Suas rivais incluem a Lindt e o bem menor Hotel Chocolat.

A Yildiz, um dos maiores conglomerados da Turquia, poderá usar os lucros de venda japonês para investir em outros mercados, disse uma fonte.

Também proprietária da McVitie, a Yildiz disse em uma declaração que o Japão foi uma de suas regiões de mais sucesso e continuou a crescer. A empresa não fez comentários adicionais.

As fontes, que não quiseram ser identificadas porque a situação é particular, disseram que o processo de venda para o negócio japonês da Godiva poderia ter início nas próximas semanas.

Dívida extensa

Com raízes em uma loja de biscoitos fundada por dois irmãos em Istanbul no ano de 1944, a Yildz, administrada por família, cresceu em uma firma global com parcerias no ocidente incluindo a Kellogg e a McCormick.

Ela gastou mais de 850 milhões de dólares para comprar a Godiva em 2007, assim como cerca de 2,63 bilhões de dólares na fabricante United Biscuits da McVitie e 221 milhões de dólares na fabricante de pretzels de chocolate Flipz em 2004.

A Yildz, que também é proprietária da Ulker, concordou em maio em refinanciar 5,5 bilhões de dólares em dívidas.

Grande no Japão

O Japão é o sexto maior mercado de chocolates do mundo, de acordo com a Euromonitor International. Em 2018, com vendas ao varejo estimada em 5,2 bilhões de dólares, o Japão conta por cerca de 5% do total do mundo.

A reputação do Japão para inovação se estende até para o chocolate. A Nestlé, por exemplo, vende centenas de variações Kit Kat no país, incluindo de chá verde e sabores de morango, além de versões premium.

Confeitarias rivais, varejistas ou fundos de investimento privado poderiam estar interessados em comprar o negócio japonês da Godiva, disse uma das fontes, salientando que o negócio também poderia atrair interesse de diversos grupos comerciais japoneses, que incluem a Mitsubishi e a Itochu.

Fonte: Agência Reuters
Imagem: Banco de imagens

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