O número de pessoas no Japão que contraiu sífilis neste ano atingiu 5.081 desde 30 de setembro, excedendo a contagem de 5 mil pelo segundo ano consecutivo, revelou um relatório do NIID- Instituto Nacional de Doenças Infecciosas em Tóquio na quarta-feira (10).
Casos de sífilis (梅毒 baidoku) aumentaram a um ritmo mais rápido em comparação ao ano passado, quando o número excedeu 5 mil pela primeira vez em 44 anos. A doença – que é transmitida através de contato sexual – atualmente está sendo mais diagnosticada entre homens na faixa etária dos 20 aos 40 e mulheres com idade de 20 anos.
“Muitos (dos pacientes) são mulheres envolvidas em trabalhos relacionados ao sexo e homens que são seus clientes”, disse Yasuhiko Onoe, diretor da Private Care Clinic em Tóquio que oferece tratamento para doenças sexualmente transmissíveis. “Há muitos casos em que um marido infectado transmite para sua esposa”, frisa Onoe.
Por província, casos de sífilis foram mais registrados em áreas urbanas como Tóquio (1.284), Osaka (874), Aichi (338), Kanagawa (280) e Fukuoka (229).
A sífilis causa o aparecimento de pequenos caroços nos genitais, boca e ânus dos pacientes cerca de três semanas após ser infectado e erupções cutâneas se espalham posteriormente pelo corpo, incluindo braços e pernas. Os sintomas diminuem e reaparecem repetidamente.
A doença pode ser tratada com antibactericidas. Contudo, se deixada sem tratamento, ela pode causar anormalidades no cérebro, coração e outras partes do corpo. Gestantes que contraíram a doença podem infectar seus bebês, o que pode resultar no óbito da criança.
“A pessoa pode reduzir o risco de ser infectada ao evitar contato sexual com muitos (as) parceiros (as) e usar camisinha, mas essas medidas não são 100%. Um um exame médico deve ser feito se houver suspeita de sífilis e receber tratamento assim que a infecção for confirmada”, disse Makoto Onishi do Departamento de Bacteriologia do NIID.
Fonte: Yomiuri Imagem: Banco de imagens