Papa Francisco demonstrou sua vontade de visitar a Coreia do Norte, informou o escritório do presidente sul-coreano Moon Jae-in na quinta-feira, 18 de outubro (Banco de imagens, Wikimedia/ Cheongwadae / Blue House)
Durante uma audiência privada com o presidente sul-coreano Moon-Jae-in no Vaticano, o Papa Francisco demonstrou sua vontade de visitar a Coreia do Norte, informou o escritório de Moon na quinta-feira (18).
O escritório presidencial sul-coreano disse em uma declaração que Moon “transmitiu o desejo de Kim Jong-un para uma visita papal à Coreia do Norte. “Um convite formal diretamente do Norte prosseguirá”.
O escritório disse que o Papa Francisco respondeu que “se o convite vier, eu certamente responderei a ele, e eu possivelmente irei”.
Na semana passada, o escritório de Moon revelou que Kim indicou seu desejo para uma visita papal durante uma cúpula coreana realizada no mês passado.
Se isso se materializar, tal visita seria a primeira feita por uma papa ao país ateu.
A audiência privada durou 35 minutos, e incluiu uma troca de presentes. Moon, que é católico, presentou o papa com um relevo do rosto de Jesus Cristo feito por um artista coreano. O presidente apontou para a coroa de espinhos na cabeça de Jesus, dizendo ao pontífice: “Isso representa o sofrimento do povo coreano”.
Os presentes de Moon para o papa também incluíram uma medalha entalhada com um ramo de oliveira, dizendo que ela representava “o desejo dele pela paz”, na península coreana.
“Você não é somente o líder da Igreja Católica, mas um professor para a humanidade”, disse Moon ao pontífice. O Papa Francisco pediu a Moon para “trabalhar pela paz”.
O presidente sul-coreano Moon Jae-in conversa com o Papa Francisco durante audiência privada no Vaticano, em 18 de outubro (AP via Asahi)
Na quarta-feira (18), Moon se encontrou com líderes italianos e participou de uma missa noturna para paz na Basílica de São Pedro com o alto diplomata do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin.
Moon assinou um amplo acordo com Kim no mês passado destinado a reduzir as tensões militares na península. O presidente sul-coreano escreveu no jornal do Vaticano, o L’Osservatore Romano, que ele viajou com um bispo católico coreano para tentar melhorar as relações entre a igreja no Norte e Sul.
A Coreia do Norte controla rigorosamente as atividades religiosas de sua população e um convite similar ao então Papa João Paulo II para uma visita após uma cúpula intercoreana no ano de 2000 nunca resultou em uma reunião.
Fonte: Asahi Imagem: Asahi, Wikimedia
