Tóquio solicitou uma isenção das sanções, preocupada que elas prejudicariam o fornecimento de petróleo do país (imagem ilustrativa)
Os EUA permitirão que oito países continuem comprando petróleo bruto do Irã temporariamente após a retomada das sanções sobre o país do Oriente Médio na segunda-feira (5), confirmou o secretário de estado Mike Pompeo em 2 de novembro.
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A medida provavelmente é destinada a acalmar as preocupações de aliados pobres em recursos de energia e o mercado petrolífero global.
Pompeo não citou os nomes das oito que receberiam isenções temporárias. Contudo, a administração do presidente Donald Trump informou que o Japão receberá uma, soube o Nikkei em 2 de novembro. A Turquia também seria isenta.
A lista também inclui a Coreia do Sul, Índia e China, embora os EUA ainda estejam negociando termos com Pequim, divulgou o Bloomberg. Washington continuará pedindo a esses países, que estão entre os maiores importadores de petróleo bruto iraniano, para reduzir as importações.
A União Europeia como um todo, que tem 28 membros, não será isenta, disse o secretário.
Tóquio solicitou uma isenção das sanções com a preocupação que elas prejudicariam o fornecimento de petróleo do país.
É crucial para o Japão, pobre em recursos de energia, manter diversas fontes de petróleo, e distribuidoras como a JXTG Nippon Oil & Enegry planejam retomar as importações de petróleo iraniano, que estavam interrompidas, assim que a isenção se tornar oficial.
Anteriormente, a administração de Trump exigiu que todos os países suspendessem completamente as importações de petróleo bruto do país do Oriente Médio antes das sanções renovadas entrarem em vigor na segunda-feira (5), visando cortar os fundos iranianos para desenvolvimento nuclear e de mísseis.
Contudo, empresas japonesas têm acordo de aquisição anual com o Irã até março de 2019, e estariam sujeitas a penalidades se voltassem atrás em meados de ano, disse uma fonte diplomática japonesa.
A Índia, que também está na mesma situação do Japão em relação a acordo de aquisição, disse aos EUA que não poderia cortar completamente as importações até março.
Fonte: Nikkei
Imagem: Banco de imagens