Moro propõe mais rigor para progressão de pena e prescrição de crimes

Sergio Moro afirmou que pretende apresentar um conjunto de projetos de lei para combater a corrupção e enfrentar o crime organizado.

O juiz federal Sergio Moro concede primeira entrevista coletiva após ter aceitado o convite para ser ministro da Justiça (Wikimedia)

Na primeira entrevista coletiva concedida após ter aceitado o convite para ser ministro da Justiça, o juiz federal Sergio Moro afirmou na terça-feira (6), em Curitiba, que pretende apresentar um conjunto de projetos de lei para combater a corrupção e enfrentar o crime organizado.

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A ideia geral, segundo o magistrado, é resgatar parte do pacote de 10 medidas contra a corrupção proposto pelo Ministério Público Federal (MPF), mas que não avançou no Congresso Nacional, além de outras iniciativas apresentadas por organizações da sociedade civil, como a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a Transparência Internacional.

“A ideia é que essas reformas sejam propostas simples e que possam ser aprovadas em breve tempo, sem prejuízo que propostas mais complexas sejam apresentadas em momento posterior ou paralelamente”, explicou.

Ele citou alguns exemplos do que pretende enviar ao Congresso, mas ressaltou que a versão final das propostas, ainda em estudo, deverão ser precedidas de um acordo interno que será construído com o presidente eleito, Jair Bolsonaro. O objetivo é aprovar essas medidas ainda nos primeiros seis meses de governo.

Entre as medidas propostas por Moro, está a alteração das atuais regras de prescrição dos crimes, a possibilidade de deixar mais claro na legislação o cumprimento da prisão após condenação em segunda instância.

A previsão da execução das sentenças dos tribunais do júri também foi apontada pelo futuro ministro. “Já existe um precedente da 1ª turma do Supremo Tribunal Federal admitindo que o veredicto do tribunal do júri sobre crime de homicídio possa ser executados independentemente de recursos. Num quadro grave de epidemia de homicídios, me parece importante essa medida”, afirmou.

Moro também sugeriu a proibição de progressão de regime prisional quando houver prova de ligação do preso com organizações criminosas.

“Se existem provas de que o preso mantém vínculos com organizações criminosas, significa que ele não está pronto pra ressocialização”, argumentou. Ele também falou em uma regulamentação mais clara para a utilização de policiais disfarçados em operações para desbaratar o crime organizado. ” A nossa legislação, embora permita esse tipo de comportamento, não é totalmente clara”, justificou.

Medidas do Executivo

Além dos projetos de lei, Sergio Moro afirmou que pretende incrementar o controle de comunicações de detentos. “A prisão tem que neutralizar a possibilidade dessas pessoas comandarem crime de dentro [dos presídios]”, afirmou. Ele também falou em ampliar a base de dados genéticos, como forma de aprimorar a elucidação de crimes, bem como a realização de força-tarefa, nos moldes da Lava Jato, para o combate ao crime organizado.

O futuro ministro ainda falou em uma “progressiva profissionalização do serviço público civil”, sugerindo que cargos em comissão deveriam ser ocupados por meio de concursos. Ele disse que sua ideia de combate ao crime organizado não dará prioridade ao confronto policial, a não ser em situações extremas, como o enfrentamento de áreas dominadas pelo crime organizado.

“O confrontamento pode acontecer, mas ele é sempre indesejável. A boa operação policial é a que ninguém se machuca”, diz.

Ele disse também que não permitirá o uso do aparato federal de segurança pública para perseguir adversários políticos do governo. “É um pouco estranho dizer isso, mas não existe a menor chance de utilização do Ministério da Justiça e da polícia para perseguição política. Isso não aconteceu na Lava Jato, não vai ser no ministério que vou começar a realizar isso”, acrescentou.

Desafio

Ao explicar os motivos de ter aceitado o convite para ser ministro da Justiça, Sergio Moro disse que não se trata de um projeto pessoal, mas a perspectiva de implementar uma agenda ampla de combate à corrupção e o crime organizado. Ele disse que, apesar de a Operação Lava Jato ter quebrado uma “tradição de impunidade” no Brasil, ele temia uma regressão nos mecanismos de combate à corrupção.

“Foram diversos momentos em que surgiram informações sobre projetos de lei em trâmite no Congresso, que poderiam afetar o trabalho que se realizava e o projeto de abuso de autoridade, que sem cuidados poderia ser uma criminalização da atividade hermenêutica”, comentou.

Sem entrar em detalhes, Moro disse que há “convergências” e “divergências” entre ele e Bolsonaro, mas classificou o presidente eleito como uma pessoa “bastante ponderada” e disse que ambos poderão encontrar “um meio termo” nas questões de governo.

Convite

Moro revelou que foi sondado no dia 23 de outubro pelo economista Paulo Guedes, futuro ministro da Economia, se teria interesse em participar do governo. Na quinta-feira passada (1º), já eleito, Bolsonaro e Moro se reuniram no Rio de Janeiro para sacramentar a indicação para o ministério.

“Isso [o convite] não tem nada a ver com o processo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele foi condenado e preso porque cometeu um crime e não por causa das eleições”, rebateu, em relação às críticas de que ele teria agido politicamente na condenação do ex-presidente, que abriu caminho para a sua prisão e consequente inabilitação para concorrer às eleições de outubro.

“Interpretaram minha ida como uma espécie de recompensa, [mas] minha decisão foi tomada em 2017, sem qualquer perspectiva de que o deputado federal [Bolsonaro] fosse eleito presidente da República. […] Não posso pautar minha vida numa fantasia, num álibi falso de perseguição política”, afirmou.

Fonte: Agência Brasil
Imagem: Wikimedia

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Starbucks celebra 20 anos no oeste do Japão com lançamento de bebidas exclusivas

Publicado em 7 de novembro de 2018, em Lançamentos

Starbucks celebra 20 anos no oeste do Japão com frappuccinos e lattes de matcha em Osaka.

De 12 a 21 de novembro, 105 lojas da Starbucks em Osaka vão oferecer o Osaka Metcha Matcha Latte (大阪 めっちゃ 抹茶 ラテ) e o Osaka Metcha Matcha Frappuccino (大阪 めっちゃ 抹茶 フラペチーノ) – Starbucks Japan

As bebidas exclusivas regionais homenageiam um mestre local do chá que foi forçado a cometer seppuku (haraquiri) por ordem de um samurai.

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A Starbucks inaugurou sua primeira loja no oeste do Japão em 28 de novembro de 1998, fazendo 20 anos desde que a rede global de cafés abriu sua localização inicial no Hep Five, um grande shopping e centro de entretenimento em Umeda (Osaka).

Para celebrar o marco, a Starbucks anunciou um novo projeto de aniversário, intitulado “20 Anos da Starbucks em Osaka”, que inclui uma nova linha de bebidas exclusivas regionais destacando o sabor do “Metcha Matcha” – Muito Matcha.

De 12 a 21 de novembro, 105 lojas da Starbucks em Osaka vão oferecer o Osaka Metcha Matcha Latte nas versões quente ou gelada, ao preço de 440 a 560 ienes, além do Osaka Metcha Matcha Frappuccino, por 550 a 670 ienes.

De acordo com a Starbucks, as novas bebidas foram criadas pelos seus baristas em Osaka, com o sabor do chá verde escolhido como uma homenagem a Sen no Rikyu (1522-1591), uma figura histórica que tinha uma profunda influência nos rituais e etiqueta da cerimônia japonesa do chá. Rikyu atuou como mestre do chá para o samurai Oda Nobunaga (1534-1582) e depois para Toyotomi Hideyoshi (1537-1598) que o ordenou a cometer o ritual suicida por causa de sua natureza independente e opiniões diferentes.

A força de Rikyu e lealdade há muito tempo são pontos centrais de livros, filmes e animes no Japão e a gora a lenda está viva nessas novas bebidas exclusivas de Osaka.

Cada variedade contém base de chá verde, feita com um volume 1,5 vez maior que o normal, com uma camada de sorvete de baunilha e coberta com chantilly, calda de caramelo, calda de chocolate e pó de chá verde.

Fonte: Sora News
Imagem: Starbucks Japan

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