Após escândalos, Japão vai reforçar controle de consumo de álcool entre pilotos

O mais recente caso foi de um copiloto da JAL detido em Londres por excesso de álcool em seu organismo, 10 vezes acima do limite permitido pela aviação britânica.

O mais recente caso foi de um copiloto da JAL que foi detido em Londres porque o nível de álcool em seu organismo estava 10 vezes acima do limite permitido pela aviação britânica (imagem ilustrativa)

Um painel especialista será estabelecido neste mês para endurecer as regras relacionadas ao consumo de álcool para funcionários da aviação após uma série de escândalos relacionados envolvendo pilotos japoneses que vieram à tona recentemente, disse o ministro dos transportes Keiichi Ishii na terça-feira (6).

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Ishii disse em uma conferência de imprensa que instruiu a JAL – Japan Airlines e a ANA- All Nippon Airways a reportarem até 16 de novembro suas medidas para prevenir consumo excessivo de bebidas alcoólicas por seus funcionários após voos terem sido afetados por pilotos com altos níveis de álcool no organismo.

Um copiloto da JAL foi detido pela polícia em Londres porque os níveis de álcool em seu organismo estavam 10 vezes acima do limite permitido pela aviação britânica, após ele ter bebido na noite anterior ao seu voo com destino a Tóquio em 28 de outubro, enquanto um piloto da ANA se sentiu mal após beber em Okinawa, causando atrasos em voos no dia 25 do mesmo mês.

Regras sobre o consumo de álcool

Sob o atual sistema, a tripulação é proibida de beber dentro de oito horas antes do voo, mas não há lei ou regulamento que estabeleça um limite de consumo de álcool, e testes do bafômetro não são exigidos.

Empresas aéreas japonesas têm suas próprias regras e as realizam voluntariamente, em contraste com os EUA e Europa onde estruturas legais são estabilizadas, de acordo com o ministério dos transportes.

Os casos

Em uma coletiva de imprensa realizada em 2 de novembro, Ishii disse que o ministério estudará os padrões de outros países em uma tentativa de endurecer as regras para tripulação de voo.

De acordo com a JAL, o copiloto de 42 anos Katsuyoshi Jitsukawa bebeu duas garrafas de vinho e mais de 1,8 litro de cerveja ao longo de seis horas partir das 18h, a noite anterior ao voo.

Seu consumo excessivo de álcool forçou a empresa a operar o voo de Heathrow em Londres ao Aeroporto de Haneda em Tóquio com dois pilotos ao invés do normal de três, e sua partida sofreu um atraso de uma hora e meia.

A JAL revelou o incidente em 1º de novembro, um dia após a ANA ter pedido desculpas pelo atraso de cinco voos na semana anterior porque um piloto de aproximadamente 40 anos se sentiu mal após beber até as 22h, antes do voo logo pela manhã no dia seguinte.

Em maio, um comissário de bordo da JAL foi pego levando uma cerveja para dentro do lavatório e a bebendo em pleno voo.

Fonte: Japan Times
Imagem: Banco de imagens

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Centenas de hotéis e escolas no Japão não estão preparados para um terremoto

Publicado em 8 de novembro de 2018, em Sociedade

Muitos hotéis, hospitais e escolas com estruturas antigas no Japão correm o risco de desabar se forem atingidos por um grande terremoto.

Muitos hotéis, hospitais e escolas com estruturas antigas no Japão correm o risco de desabar se forem atingidos por um grande terremoto (Wikimedia/Show ryu – imagem ilustrativa)

Pesquisa realizada pelo Nikkei descobre que 858 construções correm o risco de desabar no caso de um forte terremoto.

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Muitos hotéis, hospitais e escolas com estruturas antigas no Japão correm o risco de desabar se forem atingidos por um grande terremoto e o trabalho de reforço não está no ritmo para atender a meta do governo de eliminar construções perigosas até 2025, mostrou uma pesquisa recente do Nikkei.

Exige-se que estabelecimentos onde um grande número de pessoas frequenta, como lojas de departamento, hotéis e ginásios, assim como asilos, escolas e creches, atendam a certos padrões de resistência a terremotos.

Dos cerca de 10 mil prédios construídos em acordo com regulamentos antigos até 1981, 858 continuam com a probabilidade de desabar se atingidos por um terremoto 6 forte ou maior na escala de intensidade sísmica japonesa, descobriu a pesquisa.

Hotéis e outras instalações de acomodação contaram pelo maior número de estruturas vulneráveis, com 206, seguidos por 181 para estabelecimentos comerciais como lojas de departamento. Hospitais e clínicas somaram 115 e escolas 86.

Com base em uma lei de revisão que entrou em vigor no ano de 2013, o governo exigiu que municípios pesquisassem a resistência a terremotos desses prédios e publicassem os resultados, pedindo a eles que completassem o trabalho de reforço até por volta de 2025.

Contudo, dos 961 prédios que podem estar sob risco, somente 103 passaram por trabalho de reforço, de acordo com a pesquisa, a qual cobre dados de 302 municípios e respostas de 276.

Cerca de 40% dos municípios reportaram improbabilidade de alcançar a meta de 2025. Cerca de 805 citaram o orçamento dos donos das propriedades como uma restrição. Governos nacionais e locais estão oferecendo subsídios para ajudar a bancar os projetos, mas muitos proprietários parecem estar hesitantes face ao custo pesado e interrupções potencialmente prolongadas nas operações.

As construções devem se manter de pé para permitir às pessoas evacuarem no caso de um terremoto.

Como o Japão pode sofrer massivos terremotos na Nankai Torafu, uma fossa marinha no sul do arquipélago japonês que se estende da província de Shizuoka até as águas de Kyushu, o governo está elaborando estratégias de preparação para tais eventos, que poderão resultar em até 320 mil fatalidades e causar um dano econômico de 220 trilhões de ienes.

Fonte: Nikkei
Imagem: Wikimedia

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