O buraco na camada de ozônio da Terra poderá se recompor completamente dentro de 50 anos, preveem especialistas em mudanças climáticas em um novo relatório das Nações Unidas.
Um escudo frágil de gás em volta do planeta, a camada de ozônio protege a vida vegetal e animal dos poderosos raios ultravioleta do sol. Quando a camada de ozônio está enfraquecida, mais raios UV podem passar, fazendo com que os humanos fiquem mais propensos a desenvolver câncer de pele, catarata e outras doenças.
Cientistas descobriram um dano imenso na camada nos anos 1980 e identificaram o clorofluorocarboneto, ou CFCs, como o principal culpado.
Os CFCs costumavam ser comuns em refrigeradores, latas de aerossol e substâncias químicas para limpeza a seco, mas foram proibidos globalmente sob o Protocolo de Montreal de 1987.
O declínio dos CFCs em nossa atmosfera como resultado dessas medidas agora significa que a camada de ozônio poderá se recuperar completamente em algum momento no ano de 2060, de acordo com um relatório realizado pelo Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas, Organização Meteorológica Mundial, Comissão Europeia e outros conselhos.
Em partes da estratofesfera, onde a maioria do ozônio é encontrada, a camada se recuperou a uma proporção de 1 a 3% por década desde 000, declaram os autores.
A quantidade de ozônio na estratosfera varia naturalmente ao longo do ano, com a zona de esgotamento em sua maioria pronunciada nas regiões polares, resultando nos chamados buracos de ozônio.
Nas proporções de recuperação projetadas pelo relatório das Nações Unidas, a camada de ozônio do hemisfério norte e de latitude média poderá se recuperar completamente no ano de 2030, seguida pelo hemisfério sul nos anos 2050 e regiões polares até 2060.
Paul Newman da NASA, que também liderou o relatório, disse que dois terços da camada de ozônio teria sido destruída até 2065 se as medidas não tivessem sido implementadas.
Em maio, no entanto, cientistas da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) relataram um aumento acentuado nos CFCs de uma fonte desconhecida.
Stephen Montzka, cientista da NOAA, disse que se a fonte de novas emissões pudesse ser identificada e contida, os danos à camada de ozônio poderiam ser mínimos.
Contudo, se isso não pudesse ser remediado, a já lenta recuperação da camada de proteção da atmosfera poderia levar mais tempo.
Fonte: CNN Imagens: CNN, Banco de imagens