Um instituto nacional de pesquisa japonês disse na quinta-feira (15) que importará cepas do vírus ebola e quatro outras a fim de melhorar os processos de detecção em meio a um aumento no número de visitantes estrangeiros no país.
O NIID – Instituto Nacional de Doenças Infecciosas planeja trazer os agentes patogênicos a uma instalação nos subúrbios de Tóquio antes das Olimpíadas e Paralimpíadas de 2020, mas não seguirá adiante sem apoio local, disse um oficial do ministério da saúde.
Os vírus a serem importados são aqueles que causam cinco tipos de febre hemorrágica – ebola, da Crimeia e Congo, de Lassa, de Marburg e sulamericana.
Os agentes patogênicos não existem no Japão e nunca foram deliberadamente importados.
De acordo com o instituto, ter acesso aos agentes patogênicos não iria somente aumentar a velocidade e precisão com a qual ele pode identificar uma pessoa infectada, mas também ofereceria a habilidade de conduzir testes para avaliar a recuperação do paciente.
Os agentes patogênicos seriam mantidos no laboratório do instituto na cidade de Musashimurayma. O laboratório é atualmente o único no Japão com o nível máximo de biossegurança, o BSL- 4.
Ele ganhou a designação que permite a posse de agentes patogênicos em 2015 após uma enxurrada de suspeitas infecções por ebola entre pessoas que retornavam da África Ocidental, o local de um surto que, de acordo com a OMS- Organização Mundial da Saúde, matou mais de 11.300 pessoas.
Apesar da segurança rigorosa no laboratório, o plano poderia se deparar com a oposição de residentes locais preocupados com os vírus mortais sendo trazidos para seus bairros.
“Evitaremos ser precipitados e trabalhar para ganhar a compreensão da comunidade local”, disse o oficial do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar. O instituto disse que realizará reuniões para manter os residentes informados sobre os planos.
Fonte: Mainichi Imagem: Banco de imagens