Na manhã de terça-feira (20) funcionários da matriz da Nissan, em Yokohama (Kanagawa) e operários da indústria não escondiam seus sentimentos.
Com o anúncio da prisão do diretor do conselho da Nissan e da aliança com a Mitsubishi, Carlos Ghosn, na noite anterior, os semblantes estavam diferentes.
“Lamento muito, foi um susto”, disse um assalariado da matriz para a JNN. Muitos disseram que preferiam se omitir e alguns se declararam desapontados enquanto outros destacaram “foi longe demais”.
O presidente da Nissan, Hiroto Saikawa, declarou na primeira hora da manhã, que seguirá firmemente, se empenhando na estabilidade da Aliança Nissan-Renault-Mitsubishi.
Preocupação dos operários
Em Nagoia (Aichi), na coligada da Nissan, Aichi Kikai Kogyo, onde se desenvolve e fabrica peças para o veículo Leaf, a reportagem ouviu vozes de preocupação.
“Foi inacreditável. Me preocupo em relação ao volume de produção da Nissan, que pode se tornar um tanto quanto rigoroso”, disse um deles.
Outro operário declarou “estou preocupado pois tenho família para sustentar”.
Em Okazaki, onde tem uma fábrica da Mitsubishi, outros foram ouvidos. Muitos declararam estar assustados.
“Estamos reestruturados graças a Nissan e estávamos juntos nessa boa onda. Mas lamento pelo ocorrido”, disse um operário.
Além das vozes de susto e lamentos dos funcionários, há outra preocupação. As ações da Nissan entraram em queda, chegando a mil ienes na terça-feira. Preocupante para o grupo e para os acionistas.
Fontes: JNN, CBC TV e CTV