Com a detenção do ex-diretor do conselho administrativo da Nissan, Carlos Ghosn, em 19 deste mês, o presidente Hiroto Saikawa se pronunciou para todos os trabalhadores.
Os funcionários e operários da Nissan souberam do caso através da imprensa. Na manhã de segunda-feira (26) Saikawa explicou a situação a partir da matriz, em Yokohama (Kanagawa), com transmissão ao vivo para as filiais e fábricas de todo o país.
Foi a primeira vez que o presidente fala com todos os trabalhadores, de forma direta. Com o objetivo de abrandar o clima entre eles disse “apresento minhas desculpas a todos. Comprometemos a sua confiança”.
Ele afirmou que o relacionamento com a montadora francesa Renault “não é de igualdade”. Isso porque a francesa detém 43,4% das ações da Nissan, enquanto a japonesa tem 15% das da Renault. Mas teria comentado durante a reunião que “com a saída de Ghosn o relacionamento com a Renault poderá ter mais transparência”.
Mitsubishi deverá destituir Ghosn
Às 16h de segunda-feira o conselho diretor da outra montadora reconstruída por Carlos Ghosn se reunirá. É muito provável que os diretores deverão votar a favor do desligamento do que está detido.
Ghosn nega as acusações
A imprensa não tem conhecimento ainda de como avançam os interrogatórios de Ghosn e outro diretor, Greg Kelly.
Segundo a ANN, soube-se que apesar das suspeitas de evasão fiscal e sonegação de impostos Carlos Ghosn nega. Por outro lado, Kelly afirma que não houve instrução de Ghosn para a sonegação.
A equipe de investigação especial da promotoria de Tóquio continua avaliando o material levantado com os testemunhos dos dois.
A imprensa japonesa tomou conhecimento que uma equipe pequena e secreta vinha realizando levantamentos dentro da Nissan desde a primavera deste ano. Ela levantou as provas a respeito da sonegação de impostos e evasão fiscal, as quais levaram Ghosn e Kelly à detenção.
Fontes: ANN e Sankei