Japão planeja usar mísseis hipersônicos e porta-aviões atualizado

O Ministério da Defesa vem trabalhando ostensivamente para defender ilhas remotas.

Há também uma proposta para reequipar o porta-helicópteros Izumo no que seria na verdade um pleno porta-aviões (imagem ilustrativa/ Wikimedia-Kaijō Jieitai)

O governo japonês está buscando usar mísseis hipersônicos e de longo alcance como parte de diretrizes que serão lançadas neste mês, embora alguns críticos dizerem que tais equipamentos vão além do mandato puramente defensivo das Forças De Autodefesa.

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O Ministério da Defesa vem trabalhando no novo equipamento, ostensivamente para defender ilhas remotas, incluindo mísseis de alta velocidade capazes de viajar mais de 300Km e mísseis hipersônicos guiados que voam mais de cinco vezes a velocidade do som para evadir redes de radares.

O ministério também visa desenvolver submarinos de vigilância não tripulados sob as novas diretrizes. Todos poderão estar utilizáveis até meados de 2020.

Há também uma proposta para reequipar o porta-helicópteros Izumo no que seria na verdade um pleno porta-aviões – um tipo de navio que o país não tinha desde a 2ª Guerra Mundial. A ideia é fazer com que ele transporte caças furtivos F-35B, os quais requerem apenas uma curta decolagem e podem pousar verticalmente. O Japão quer comprar mais F-35s, incluindo F-35As já usados nacionalmente.

No dia 12 de dezembro o governo apresentará uma proposta do Programa de Diretrizes de Defesa Nacional e Programa de Defesa de Meio Termo a um painel de especialistas, assim como equipes de trabalho sob o dominante Partido Liberal Democrático e o Komeito.

Isso vai refletir o feedback na versão final, a qual o governo visa ter aprovação do gabinete em meados de dezembro.

Contudo, alguns críticos veem os mísseis de longo alcance e porta-aviões como mais que uma capacidade ofensiva, que vão contra o Artigo 9 de renúncia de guerra da constituição do Japão. O governo espera convencê-los que o novo equipamento será usado apenas para fins de defesa.

Fonte: Nikkei

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Japão pode ter calor extremo todos os anos, de acordo com especialistas

Publicado em 9 de dezembro de 2018, em Sociedade

Uma equipe na Universidade de Tóquio estudou o que aconteceria aos padrões climáticos de verão no Japão se as temperaturas médias globais aumentassem em 2ºC.

Em 2018 o Japão vivenciou calor histórico (NHK)

Pesquisadores alertaram que o Japão pode passar por temperaturas extremamente altas todos os anos por causa do aquecimento global.

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Uma equipe japonesa de pesquisa liderada pelo professor Masahiro Watanabe na Universidade de Tóquio estudou o que aconteceria aos padrões climáticos de verão no Japão se as temperaturas médias globais aumentassem em 2ºC.

Eles descobriram que temperaturas de 35ºC ou mais serão registradas em cerca de três mil pontos de observação em média em um ano.

Tais temperaturas altas foram observadas em mais de três mil pontos no ano de 2016 e também em 2018, quando o Japão vivenciou calor histórico.

Watanabe disse que o país só costumava vivenciar tal calor intenso a cada poucos anos ou décadas. Contudo, ele frisa que o clima escaldante poderia estar a caminho com mais frequência – quase todos os anos.

O professor alerta que o Japão poderá sofrer mais danos em consequência de ondas de calor. Watanabe frisa que é imprescindível que o mundo reduza um aumento da temperatura no futuro.

O acordo de mudança climática de Paris 2015 visa limitar o aumento da temperatura média global em menos de 2ºC acima dos níveis da Revolução pré-Industrial e continua realizando esforços para limitar o aumento a 1.5ºC.

Fonte: NHK

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