A Torre Eiffel será fechada por temores de violência dos “coletes amarelos” (banco de imagens PM)
A Torre Eiffel em Paris, na França, será fechada no sábado (8) em meio a temores de mais violência nas ruas causada pelos protestos antigoverno dos “coletes amarelos”
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Em toda a França, 89.000 policiais estarão em serviço e veículos armados serão despachados na capital, anunciou o primeiro-ministro Edouard Philippe.
A polícia pediu a lojas e restaurantes em Champs-Elysees que fechassem suas portas e alguns museus também não vão abrir.
Paris vivenciou um dos piores protestos em décadas no sábado passado, 1º de dezembro.
O governo disse que está desistindo de seus impopulares aumentos de impostos sobre combustível em seu orçamento – a causa original para os protestos.
Contudo, o descontentamento mais amplo com o governo se espalhou e protestos surgiram em relação a outras questões.
Os “coletes amarelos” em frente ao Arco do Triunfo (NHK)
O que o governo disse?
Um funcionário do ministério de assuntos interiores disse à agência de notícias AFP que autoridades estavam preparadas para uma “violência significativa” no sábado (8), com ativistas tanto da direita como da esquerda planejando se reunir na capital.
Como Paris será afetada?
O operador da Torre Eiffel disse que a ameaça de protestos violentos no sábado tornou impossível garantir “condições adequadas de segurança”.
Autoridades da cidade dizem que estão intensificando os esforços em marcos famosos após o Arco do Triunfo ter sido danificado na semana passada.
O ministro da cultura, Franck Riester, disse que os museus do Louvre e de Orsey, casas de ópera e o complexo Grand Palais estavam entre os locais que estariam fechados.
A polícia pediu a lojas e restaurantes ao longo do Champs-Elysses e outras ruas comerciais que se mantenham fechadas e removam quaisquer itens externos, como cadeiras e mesas.
A violência dos protestos dos “gilets jaunes” chocou a França (Inpho/BBC)
Quais são os outros protestos?
Na quinta-feira (6), jovens tomaram as ruas protestando por reformas educacionais.
Estudantes estavam revoltados com os planos do presidente Emmanuel Macron de mudar o exame escolar de fim de ano, conhecido como baccalaureate, que é exigido para entrar na universidade.
Quem são os manifestantes?
Os manifestantes “gilets jaunes”, assim chamados porque eles tomaram as ruas usando os coletes amarelos de alta visibilidade – exigido no interior de todos os veículos pela lei francesa – inicialmente se queixando de um aumento acentuado nos impostos sobre diesel.
Macron disse que sua motivação para o aumento foi ambiental, mas os manifestantes o acusaram de estar fora da realidade.
O governo, posteriormente, descartou o plano, mas os manifestantes de coletes amarelos não se tranquilizaram. Na semana passada, o movimento – apesar de uma falta de liderança central – emitiu mais de 40 exigências ao governo.
Dentre elas estavam uma pensão mínima, mudanças generalizadas no sistema de imposto e uma redução na idade de aposentadoria.
O protesto ganhou momento através da mídia social, englobando uma ampla variedade de participantes.
Fonte: BBC