Familiares e amigos desolados se reuniram para o funeral de um menino de dois anos cujo corpo foi encontrado na manhã de sábado (26) após uma operação de resgate de 10 dias. A criança caiu em um poço de 70 metros de profundidade na Espanha.
Centenas de pessoas participaram da cerimônia no domingo (27) no distrito de El Paolo em Málaga, para onde o corpo de Julen Roselló foi levado em carro fúnebre na noite de sábado.
Julen foi enterrado junto com seu irmão, Oliver, que morreu em 2017 aos 3 anos de idade após sofrer problemas cardíacos. Uma multidão na entrada do cemitério aplaudiu quando a família do menino chegou para o sepultamento.
Engenheiros, policiais e mineiros vinham trabalhando 24 horas para chegar até Julen após ele ter caído no poço, cuja largura era de apenas 25cm, em 13 de janeiro, quando seus pais preparavam o almoço em Totalán, cidade ao sul de Málaga.
A equipe de resgate encontrou Julen na manhã de sábado. O pai disse, “Não outra vez”, uma referência à morte de seu filho mais velho há dois anos.
Julen mal tinha completado sete meses quando seu irmão mais velho morreu.
O primeiro-ministro Pedro Sanchez escreveu no Twitter, “Toda a Espanha sente tristeza infinita pela família de Julen. Seguimos de perto cada passo para chegar até ele”.
Em um tuíte, o Rei da Espanha Filipe VI manifestou suas “mais profundas condolências à toda a família de Julen”.
A força da polícia da Guarda Civil, cujos especialistas em explosivos ajudaram mineiros de elite a cavar um túnel para chegar até Julen, sentiu muito pelo final triste da operação.
A Espanha ficou comovida com a longa e complexa operação de resgate, a qual foi repleta de dificuldades técnicas que causaram atrasos e mais atrasos.
A única evidência da presença do menino foi algumas mechas de cabelo e um saquinho de doces que ele carregava quando caiu no poço.
A equipe de resgate não conseguiu chegar até Julen através do poço porque ele era muito estreito e estava bloqueado por uma camada de terra, areia e pedras que podem ter sido deslocadas quando a criança caiu para dentro.
Após tentar, sem sucesso, sugar o bloqueio usando máquinas, a equipe de resgate decidiu abrir um buraco na vertical paralelo ao poço e então cavar um túnel para juntar ambos os canais.
Apesar de ter passado muito tempo, a família do menino se agarrou à esperança de que de alguma maneira Julen havia sobrevivido à queda.
Uma investigação sobre as circunstâncias da queda no poço não marcado e cavado ilegalmente – um dos muitos em Andaluzia – será realizada.
Fonte: Mail Online