Os residentes da cidade de Chicago, em Illinois, nos Estados Unidos, são um grupo raro. Eles sabem como manter as coisas se movendo quando o clima esfria.
Mas, e quando o frio está extremo, com temperaturas beirando os 50 graus negativos? Quando isso acontece, o pessoal que mantém o sistema ferroviário de Chicago fluindo emprega um plano quente: ateia fogo nos trilhos de trem.
Chamas foram vistas surgindo dos trilhos do sistema ferroviário da companhia Metra de Chicago na terça-feira (29).
Na verdade, a Metra não está ateando fogo nos trilhos, disse o porta-voz Michael Fillis ao CNN. As chamas na realidade vêm de aquecedores a gás que são colocados ao lado dos trilhos para mantê-los aquecidos. A Metra também usa um sistema de aquecimento e ventiladores de ar quente para aquecer os trilhos gelados.
“Em qualquer ocasião que as temperaturas estão abaixo de zero nós usamos isso”, disse Gilli, frisando que outros sistemas ferroviários na América do Norte usam sistemas similares.
Em alguns casos os trilhos sofrem o que é chamado de “separação”. Esse tipo de defeito ocorre quando dois trilhos se separam em sua conexão. O frio extremo encolhe o metal e os trilhos acabam se separando um do outro, disse a Metra em um recente post no Instagram. Aquecer os trilhos com fogo expande o metal até que os dois trilhos possam ser colocados juntos novamente.
Os pontos de comutação ferroviária também podem ficar entupidos com gelo e neve em condições de temperaturas negativas, então o sistema de aquecimento é usado para desentupi-los. Equipes de manutenção acendem os aquecedores manualmente e podem controlar o fluxo de gás, disse a Metra.
As equipes de manutenção, trabalhando em turnos de 12 horas, continuam na área quando os sistemas de aquecimento estão sendo usados para que elas possam monitorar as chamas.
Algumas partes da ferrovia são danificadas pelo calor, mas esse método é bem mais seguro do que um que o sistema ferroviário costumava empregar para descongelar os trilhos. Antes, as equipes de manutenção usavam potes com querosene, fixavam eles nos espaços entre os trilhos e os acendiam manualmente.
Veja o vídeo da Metra:
Fonte: CNN