Leopardo negro é visto pela 1ª vez na África em 100 anos

Enquanto houve relatos de avistamentos de leopardos negros, a última observação confirmada foi na Etiópia há 100 anos.


Biólogos têm em mãos imagens raras do elegante leopardo negro (ou pantera-negra) circulando de forma majestosa no Quênia – a primeira vez que o animal foi fotografado na África desde 1909.

Nick Pilfold, um cientista global de San Diego, disse que eles capturaram as imagens por pura sorte. A equipe de biólogos havia instalado câmeras em áreas selvagens remotas para rastrear populações de leopardos perto do Local de Preservação de Loisaba, no Condado de Laikipia, no ano passado quando ouviram relatos não confirmados de um possível avistamento de leopardo negro.

“Intensificamos o posicionamento de nossas câmeras na área após relatos terem sido feitos”, disse ele na noite de terça-feira (12). “Dentro de poucos meses fomos recompensados com várias observações em nossas câmeras”.

A cor da fêmea é completamente escura, resultado de melanismo, uma mutação genética que resulta em uma produção em excesso de pigmento, disse Pifold.

Enquanto houve relatos de avistamentos de leopardos negros, a última observação confirmada foi na Etiópia há mais de 100 anos, frisou.

“O melanismo ocorre em cerca de 11% dos leopardos globalmente, mas a maioria desses animais vivem no Sudeste Asiático”, disse Pifold. “Leopardos negros na África são extremamente raros, e antes das observações em nosso relatório publicado, a última observação confirmada foi na Etiópia em 1909”.

Leopardos negros podem estar vivendo no Quênia todo esse tempo, mas não houve registro de imagens para confirmar as observações até agora, disse Pifold.

O avistamento do leopardo negro foi publicado no Jornal Africano de Ecologia.

Os leopardos são descritos como espécie em perigo crítico na União Internacional para Conservação da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da Natureza.

A extensão total da queda no número de leopardos é desconhecida, disse o Zoológico de San Diego em uma declaração. Contudo, vários fatores reduziram drasticamente seus números, incluindo caça, perda de habitat e competição por presas.

Pifold faz parte de uma equipe do Zoológico de San Diego que trabalha com parceiros locais, incluindo o Serviço de Vida Selvagem do Quênia, para monitorar as populações de leopardos na área e ajudar a preservar as espécies.

Fonte: CNN

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