Cerca de 1.600 pessoas foram filmadas secretamente em quartos de hotéis na Coreia do Sul e as imagens transmitidas ao vivo online para clientes pagantes assistirem, disse a polícia na quarta-feira (20).
Dois homens foram presos e outras duas pessoas estão sendo investigadas em conexão com o escândalo que envolveu 42 quartos de 30 acomodações em 10 cidades no país. A polícia disse que não houve indicação dos hotéis estarem coniventes com o esquema.
Na Coreia do Sul, pequenos hotéis dos tipos envolvidos no caso são normalmente referidos como motéis ou albergues.
Câmeras foram escondidas dentro de compartimentos de TV Digital, tomadas nas paredes e em suportes para secador de cabelo. As imagens eram transmitidas online, disse em uma declaração o Departamento de Ciberinvestigação na Agência Nacional de Polícia.
O site tinha mais de quatro mil membros, 97 dos quais pagavam uma taxa mensal de 44,95 dólares para ter acesso a recursos extras, como a habilidade de repetir certas transmissões em live streaming. Entre novembro de 2018 e março deste ano, disse a polícia, o serviço lucrou seis mil dólares.
“Houve casos similares no passado onde câmeras ilegais foram secretamente instaladas e as imagens assistidas constantemente, mas essa é a primeira vez que a polícia pegou onde os vídeos estavam sendo transmitidos ao vivo na internet”, disseram.
A Coreia do Sul tem um grave problema com câmeras espiãs e filmagem ilícita. Em 2017, mais de 6.400 casos de filmagem ilegal foram reportados à polícia, comparado a cerca de 2.400 em 2012.
No ano passado, dezenas de milhares de mulheres foram às ruas de Seul e de outras cidades em protesto contra a prática e exigiram ação, sob o slogan “Minha Vida Não é Sua Pornografia”.
Em resposta, Seul formou um esquadrão especial de mulheres que vinha conduzindo inspeções regulares em cerca de 20 mil banheiros públicos na cidade em busca de câmeras espiãs, embora alguns críticos terem a denunciado como medida superficial a uma questão social.
Fonte: CNN