O número de pessoas reconhecidas pela polícia como membros da máfia no Japão caiu para uma baixa recorde de 30.500 no ano de 2018, em meio a medidas repressivas intensificadas sobre o crime organizado, disse a NPA- Agência Nacional de Polícia na quinta-feira (28).
O total, incluindo membros da yakuza e aqueles informalmente associados a sindicatos do crime, teve diminuição de cerca de quatro mil ante 2017, marcando o 14º ano consecutivo de declínio, de acordo com números da ANP.
Por grupo, o Yamaguchi-gumi foi o maior, com 9.500 membros, enquanto o Sumiyoshi-kai tinha 4.900 e o Inagawa-kai 3.700, segundo relatório da ANP.
O número de membros da yakuza e associados investigados pela polícia em casos de crime chegou a 16.881 em 2018, queda de 856 ante o ano anterior. Desse número, aqueles suspeitos de violar a lei de controle de estimulantes totalizou 4.569, enquanto aqueles que teriam cometido lesões corporais situou-se a 2.042 e fraude a 1.749.
“Está ficando difícil viver como um yakuza em meio a medidas repressivas e crescente exclusão social de membros”, disse um oficial da NPA.
Contudo, a agência também disse que havia descoberto que os yakuza estavam representando um papel principal nos chamados casos de fraude especial, incluindo enganar idosos ao fingir serem seus filhos ou netos e pedindo transferências de dinheiros urgentes pelo telefone.
Das 2.747 pessoas que a polícia investigou no ano passado em relação a casos de fraude especial, 630, ou 22,9%, eram membros de sindicatos do crime.
A agência disse que 24 das 53 pessoas que foram reconhecidas como principais culpadas em casos de fraude especial eram membros de sindicatos criminais, e 58 de 121 coordenadores nesses casos também eram da máfia.
A polícia confirmou mais de 16.000 casos de fraudes especiais em 2018 e o valor excedeu 35 bilhões de ienes.
Fonte: Kyodo